Conselho Gestor da APA do Pratigi será oficializado

http://www.ba.gov.br/ - 02/10/2006
Local é refúgio de animais como o bicho-preguiça e o jacaré-de-papo-amarelo, espécies ameaçadas de extinção

Trabalhar na construção legítima da gestão participativa dentro das 40 unidades de conservação (UCs) estaduais e reafirmar o esforço do Governo do Estado, via Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), em instituir uma administração descentralizada dos recursos naturais baianos. Para isso, os membros do Conselho Gestor da Área de Proteção Ambiental (APA) do Pratigi, 24a já oficializada pela Semarh, tomará posse, na próxima terça-feira, no Centro Cultural Enedina de Almeida Dócio, no município de Igrapiúna. O Conselho Gestor da APA do Pratigi é formado por 30 representantes da sociedade civil organizada, de ONGs, de universidades e dos poderes públicos municipal, estadual e federal. Segundo a coordenadora de Gestão de Unidades de Conservação da Semarh, Sarah Alvez, todos devem, em parceria, trabalhar para gerir o espaço e garantir a melhoria na qualidade ambiental. "Essa é uma maneira de fortalecer a gestão da APA através da participação dos diferentes atores sociais", destacou. Para a formação dos conselheiros, a Semarh investe em cursos e seminários de capacitação que utilizam princípios de educação ambiental, com instruções sobre meio ambiente integrado, princípios de cidadania, noções de legislação ambiental e de gestão de áreas protegidas, além de metodologias para elaboração de projetos. Para a administradora da APA do Pratigi, Priscila Mesquita, o Conselho Gestor será capaz de promover ações para compatibilizar o uso sustentável dos recursos ambientais com a função produtiva e sociocultural da APA. É da competência dos conselhos gestores definir projetos e ações locais, acompanhar o plano de manejo, os processos de licenciamento ambiental, além de definir as prioridades de alocação de recursos. Com o plano de manejo aprovado pelo Conselho Estadual de Meio Ambiente (Cepram) em abril, a APA do Pratigi reserva em seus 86 mil hectares importantes riquezas naturais, como a Cachoeira da Pancada Grande, além de restingas e manguezais característicos da Floresta Atlântica. Território protegido A APA é parte do território dos municípios de Igrapiúna, Ituberá, Nilo Peçanha, Ibirapitanga e Piraí do Norte e tem o bicho-preguiça e o jacaré-de-papo-amarelo como algumas de suas espécies ameaçadas de extinção. A Bahia tem 11% de seu território protegido. Esse percentual supera a recomendação da União Internacional para Conservação da Natureza (UICN), organismo da ONU, que sugere que cada país tenha em áreas protegidas, no mínimo, o correspondente a 10% da sua área total.

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