Com o início do funcionamento nesta segunda-feira em Brasília da "sala de situação", o Instituto Chico Mendes e o Ibama começaram a pôr em prática o monitoramento conjunto de queimadas e incêndios florestais nas unidades de conservação (UCs). A ação visa a evitar ou a amenizar os efeitos dos muitos focos de calor que normalmente são registrados nesta época do ano. A "sala" funcionará durante o período de seca na maior parte do País, que vai até outubro, e emitirá boletins diários, que podem ser conferidos pela imprensa ou qualquer pessoa na internet, no endereço http://www.ibama.gov.br/emergencias/areas-tematicas/boletins-diarios. No boletim emitido às 11h, há a confirmação de fogo na Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins.
De acordo com o boletim, o fogo começou no final de semana e ainda persistia na manhã desta segunda-feira. Brigadistas do PrevFogo estão local combatendo as chamas. Não se tem notícia ainda da dimensão dos estragos. O boletim indicava ainda alerta amarelo (sem confirmação de incêndio) em unidades de conservação nos estados do Acre (Floresta Nacional de Santa Rosa do Purus e Parque Nacional da Serra do Divisor), do Amazonas (Floresta Nacional do Purus), do Espírito Santo (Reserva Biológica de Sooretama) e de Minas (Parque Nacional da Serra da Canastra). As direções estaduais do PrevFogo e das UCs foram acionadas para checar as informações.
Além de técnicos do PrevFogo, a "sala de situação" é formada por representantes do Monitoramento, das diretorias de Proteção e Planejamento do Ibama e das diretorias de Unidades de Conservação de Proteção Integral, de Uso Sustentável e de Planejamento do Instituto Chico Mendes. As assessorias de comunicação dos dois órgãos dão suporte ao grupo, que trabalha em sintonia direta com a Coordenação de Emergências Ambientais.
Em caso de registro de focos de calor, que podem ser detectados via satélite ou por vários outros meios, a primeira providência da "sala de situação" é acionar os "gerentes do fogo", que são técnicos treinados nas UCs para articular o primeiro combate às chamas. Cabe a eles, avaliar o quadro e pedir reforços, se for preciso.
Este ano, o PrevFogo montou três bases aéreas para a operação de aviões e helicópteros que vão auxiliar as brigadas no trabalho de combate ao fogo. As bases foram instaladas nos estados onde normalmente ocorrem o maior número de queimadas Minas, Goiás e Mato Grosso. Como são móveis, elas podem ser deslocadas para qualquer outro ponto do País, caso haja necessidade.
A "sala de situação" vai funcionar até o final de outubro, quando se prevê o final da seca. Os boletins com o quadro dos focos de calor em todo o território nacional serão divulgados diariamente, sempre no período da manhã. Eles podem ser acessados pela imprensa ou por qualquer outra pessoa no endereço http://www.ibama.gov.br/emergencias/areas-tematicas/boletins-diarios.
Os boletins trazem alertas sobre a ocorrência de focos de calor tanto dentro das Unidades de Conservação como na chamada zona tampão, que é a zona de amortecimento em torno das unidades. Nesse caso, o monitoramento é dividido em dois perímetros, de 0 a 5 quilômetros (buffer interno) e de 5 a dez quilômetros das UCs (buffer externo). Os alertas são de dois tipos - vermelho, em caso de confirmação de incêndio, e amarelo, quando o fogo ainda não foi confirmado
Florestas:Queimadas
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