Workshop discute o uso de drones na conservação

ICMBio - http://www.icmbio.gov.br/ - 29/06/2015
Objetivo é auxiliar no manejo e conservação da biodiversidade brasileira

Brasília (29/06/2015) - O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), juntamente com a World Wide Fund for Nature - ONG WWF, em português Fundo Mundial para a Natureza e Universidade Federal de Goiás (UFGO) realizou workshop com o objetivo de discutir o uso de veículos aéreos não tripulados (VANT), conhecidos como drones, para as ações de conservação da natureza.

Foram dois dias de trabalho, envolvendo a participação de 22 instituições, entre as quais o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Agência Nacional de Águas (ANA), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), e Instituto Araguaia.

Segundo Leonardo Vianna Mohr, Coordenador Geral de Proteção do ICMBio, a iniciativa foi bastante positiva e promissora: "diversas instituições estiveram conosco para mostrar como vêm trabalhando com o uso de VANTs - caso do DNPM, Embrapa e Instituto Araguaia - ou como pretendem inseri-los como ferramenta de monitoramento em sua missão institucional. É fundamental que os órgãos públicos trabalhem em parceria para aproveitar o conhecimento já adquirido e proponham conjuntamente uma regulação do uso dos VANTs perante a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), específica para órgãos do Estado brasileiro. Salientamos a importância de agregarmos, no desenvolvimento do uso desta ferramenta, uma instituição com a credibilidade da WWF".

O uso desses veículos aéreos não tripulados, para as ações de conservação da biodiversidade, já é reconhecido como uma estratégia bastante eficaz em alguns continentes, como África e Ásia. A sua aplicação, no cenário brasileiro, ainda é tímida ou realizada de forma isolada. Daí a necessidade de ações de fomento à sua utilização no país.

Para o especialista em Áreas Protegidas - Programa Amazônia do WWF, Marcelo Oliveira, o grande desafio do Brasil é a regulamentação do uso desse equipamento. "Pioneiramente fizemos o primeiro evento acerca desse tema no Brasil e estamos focados em construir uma estratégia nacional e interinstitucional para operacionalizar o uso dos drones", explicou Oliveira.

Entre os usos dos eco-drones estão as ações de prevenção e combate a incêndios florestais, monitoramento de fauna, mapeamento de cadeias produtivas da socio-biodiversidade, além do uso recreacional. O Parque Nacional do Pau Brasil conta com um drone - o Nauru. "Para a operacionalização precisa-se de um técnico qualificado, mas o futuro caminha para a automatização - em que o equipamento faz o trajeto programado sem que necessite um técnico manuseando-o", explica Oliveira.

Nesse sentido, o workshop cumpriu o objetivo de mapear as potencialidades e empecilhos - sejam de ordem legal, seja de ordem tecnológica - para o uso desta tecnologia para manejo, pesquisa e conservação da biodiversidade.

Em breve a Agência Nacional de Aviação Civil - ANAC - regulamentará o uso dos drones, e o grupo envolvido neste trabalho tem planos junto a essa etapa. "Esperamos, como grupo de trabalho interinstitucional, propor que a área de conservação da biodiversidade tenha procedimentos para regulamentar seus drones de forma mais rápida, considerando a relevância que o uso deles podem ter, em casos como incêndios florestais de grandes proporções, ações de fiscalização de ilícitos, entre outros", frisou Oliveira.

Diferentemente de outros países, o Brasil está construindo uma proposta que reflita as necessidades de um grupo interinstitucional. O evento ocorreu dos dias 23 e 24 de junho no Espaço Angatu em Brasília (DF), sede da WWF-Brasil.

Saiba mais sobre o drone do Parque Nacional do Pau Brasil.



http://www.icmbio.gov.br/portal/comunicacao/noticias/4-destaques/6869-workshop-discute-o-uso-de-drones-em-acoes-de-conservacao.html
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