Queimada destrói 30 km de reserva

Diário da Amazônia - http://www.diariodaamazonia.com.br - 18/08/2011
Um grande incêndio destruiu cerca de 30 km² da reserva extrativista (resex) Jatobá, no município de Machadinho do Oeste, durante o final de semana. O combate a queimada começou na sexta-feira e durou três dias. Além da mata nativa, o fogo destruiu pastagens e até algumas casas, localizadas em fazendas no entorno da resex.

A contenção do incêndio na resex Jatobá foi realizado pelo PrevFogo.
De acordo com os brigadistas do Prevfogo de Machadinho, ao chegarem no local encontraram um grande incêndio nos loteamentos que circundam a Resex, onde iniciaram rapidamente o combate ao fogo. Combate este que se intensificou durante dias; chegando no domingo a invadir a reserva com cerca de 6 quilômetros de fogo queimando a mata nativa.

Rondônia é o terceiro Estado com maior número de queimadas do País, ficando atrás apenas do Pará e do Mato Grosso. Neste mês de agosto, os satélites que monitoram a região detectaram redução nos focos de calor, mas isso não significa que o cenário é favorável, principalmente pela quantidade de incêndios que estão sendo registrados em unidades de conservação.

Nos primeiros 15 dias de agosto foram registrados 1.977 focos de calor, quantidade 62% inferior ao mesmo período do ano passado. Apesar da redução, os números mostram uma evolução das queimadas, neste ano, o que preocupa técnicos do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) e do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), pois o período crítico para as queimadas se estende até o mês de setembro. "É preciso conscientizar a população que por menor que seja a queimada, ela pode sair de controle e tomar proporções gigantescas", alerta o superintende do Ibama, Cesar Guimarães. Outra preocupação dos órgãos ligados ao meio ambiente é a localização dos incêndios. Na primeira quinzena do mês, 52 focos foram registrados em unidades estaduais de conservação, 45 em projetos de assentamento do Incra e outros 44 em reservas ambientais federais.

REFORÇO

O Estado conta com 154 brigadistas e não está descartado o pedido de reforço nacional, caso os incêndios continuem se alastrando - essa medida já foi adotada no ano passado. As queimadas são consideradas crimes ambientais, até mesmo aquelas realizadas em áreas de pastagem. A multa é de R$ 1 mil para cada hectare destruído. Se o incêndio for registrado em florestas nacionais ou em áreas de proteção permanente (APP), o valor da multa sobe para R$ 12 mil por hectare queimado.




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