Eles são espertos, inteligentes e têm muita energia. Os micos de cheiro são naturais da Amazônia e estão muito longe de casa.
Na reserva biológica de Saltinho, em Tamandaré, no litoral sul de Pernambuco, eles se multiplicaram em uma quantidade surpreendente.
"Eles comem pequenos mamíferos, insetos, comem ovos de pássaros e isso causa um desequilíbrio ambiental e ecológico, porque gera uma perda da biodiversidade local, onde não tem nenhum animal que combata", explica o veterinário Márcio Freitas.
São mais de 300 micos de cheiro fazendo estragos na área de preservação máxima.
Eles não invadiram a reserva por conta própria, foram vítimas do tráfico de animais silvestres e chegaram ao local trazidos por funcionários de um órgão oficial que nem existe mais, o IBDF, extinto há mais de 20 anos. O problema é que eles passaram a agir como os donos da casa e aí começaram os conflitos com os moradores locais.
O início de uma longa estratégia de combate começou há seis meses. Os veterinários montaram estruturas de bambu dentro da mata e dentro de gaiolas, que funcionaram como armadilhas, com bananas para atrair os micos.
Extremamente inteligentes, alguns animais conseguiram comer as bananas sem cair na armadilha e em oito meses, apenas 13 micos de cheiro foram capturados. Eles passaram por exames e foram enviados para a terra de origem da espécie, o estado do Amapá.
Agora, para retirar 300 animais ainda falta muito, mas os ambientalistas pretendem mudar a estratégia de captura.
Como o período de acasalamento do mico de cheiro vai de abril à junho e a gestação leva um pouco mais de cinco meses, até o fim do ano, uma nova leva de micos deve estar pulando pelas áreas da reserva, em Pernambuco.
http://g1.globo.com/economia/agronegocios/vida-rural/noticia/2013/09/invasao-de-macacos-amazonicos-prejudica-reserva-ecologica-de-pe.html
UC:Reserva Biológica
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