O estudo da Mata Atlântica é o foco do projeto "Dinâmica de Recomposição de um Fragmento de Mata Atlântica na Esec Caetés: estudos ecofisiológicos e anatômicos", a ser desenvolvido pelo Laboratório de Ecofisiologia Vegetal, do Departamento de Botânica da Universidade Federal de Pernambuco, em convênio com a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) de Pernambuco, Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) e com gestão administrativo-financeira da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da UFPE (Fade-UFPE). A assinatura do termo foi realizada na última segunda-feira (03), na sede da Semas, localizada no Recife.
O projeto visa a estudar os processos ecofisiológicos envolvidos com a adaptação e aclimatação das espécies nativas da Mata Atlântica em relação aos estresses ambientais e à sazonalidade. Além disso, a iniciativa gerará conhecimento em estratégias de preservação e consciência ecológica no entorno da Estação Ecológica (Esec) Caetés, uma área de 157,1 hectares. Dentro da reserva, uma área de 1,2 hectare está sendo recuperada com o plantio de mais de cem espécies nativas da Mata Atlântica. Dessas, 30 serão analisadas ao longo de três anos pela equipe do projeto, composta por docentes e estudantes de graduação e pós-graduação.
De acordo com o responsável pelo projeto, professor Marcelo Francisco Pompelli, do Departamento de Botânica do Centro de Ciências Biológicas (CCB) da UFPE, a ação acompanhará a dinâmica de crescimento e desenvolvimento das plantas e como elas respondem à sazonalidade, à presença de outras espécies e à influência antrópica (humana). As atividades de campo e laboratoriais serão realizadas em cinco módulos e têm previsão de início no mês de junho deste ano.
Durante a cerimônia de assinatura do convênio, o vice-reitor da UFPE, professor Silvio Romero Marques, destacou a importância do projeto para a preservação da Mata Atlântica. "O projeto permitirá a conservação de áreas que estão parcialmente degradadas e a restauração ambiental", disse ele.
"Esse é um projeto importante para a formação dos alunos e reestruturação da Mata Atlântica, certamente um dos ecossistemas mais devastados, tanto no Estado de Pernambuco como no Brasil. Além de restabelecer a área, a ideia é proteger o que já existe", ressaltou Pompelli. O trabalho conta com parceria da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Universidade de Campinas (Unicamp), Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Universidade de Utah - Estados Unidos e Universidade Complutense de Madri - Espanha. O valor disponibilizado pela CPRH é de R$ 120 mil. Somadas as contrapartidas das universidades envolvidas, o projeto ultrapassa a cifra de R$ 2,5 milhões.
http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/mundo/2014/02/06/interna_mundo,488197/projeto-estuda-especies-da-mata-atlantica-na-estacao-ecologica-caetes.shtml
UC:Estação Ecológica
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