Aos cupins e às infiltrações, ainda resiste um castelo de madeira de mais de 100 anos que guarda um pedaço da história do Paraná. O Palácio do Pinho, localizado no meio da Floresta Nacional de Irati, na região central do Paraná, foi importante para o desenvolvimento do estado. Mas, apesar de ter sido tombada como patrimônio histórico na década de 90, a construção se encontra abandonada e isolada nos dias de hoje. "A situação em que o casarão se encontra é entristecedora", define a secretária municipal de Cultura, Patrimônio Histórico e Legado Étnico, Claudete Basen.
O imóvel faz parte de uma propriedade com cerca de 1.200 alqueires. No local, funcionou a antiga Serraria Florestal Miranda, uma das maiores e mais modernas da região na época. Cláudia conta que a empresa mantinha 800 funcionários, um armazém, uma capela e uma estação ferroviária particular. "A serraria contribuiu para o desenvolvimento da região e do Brasil também", explica.
Em 1912, o dono da serraria, Alberico Xavier de Miranda, construiu o casarão para viver com a esposa, Maria da Conceição Pinto de Miranda, e os filhos. O palácio tem aproximadamente 500 m² de área construída. O número de cômodos chega a quase 40, entre quartos, salas, sótão e porão. Inspirado na arquitetura das casas da Inglaterra no século XVIII, o casarão é um exemplo de sofisticação em construções de madeira.
Segundo o livro Espirais do Tempo, da Secretaria de Cultura do Paraná, "o aspecto mais notável dessa edificação é o seu partido arquitetônico. Construída totalmente em madeira, foge, porém, completamente dos modelos usuais dessa técnica difundidos no estado do Paraná; tendo como parâmetros comparativos as mansões anglo-americanas do século XIX".
No fim da década de 60, com a queda do Ciclo da Madeira, a propriedade foi vendida ao Governo do Paraná. A fazenda florestal onde o casarão fica, hoje, é do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar). De acordo com o diretor de administração e finanças do Iapar, Altair Sebastião Dorigo, a última reforma foi feita na década de 90, antes de o imóvel ser tombado pelo Instituto Histórico e Artístico do Paraná. "O último projeto de restauração foi feito em 2007. Em 2012, o custo do restauro era de R$ 1.321.000,00. Infelizmente, nós não temos o dinheiro", afirma.
http://g1.globo.com/pr/campos-gerais-sul/noticia/2014/08/castelo-de-madeira-abandonado-guarda-parte-da-historia-do-parana.html
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