Após uma onça-parda ser fotografada pela primeira vez em seis anos pelo gestor do Parque Estadual do Turvo, em Derrubadas, na Região Noroeste do Rio Grande do Sul, vem à tona a preocupação dos biólogos com a preservação da espécie. O local tem apenas seis guardas florestais, que não conseguem fiscalizar toda a área de 17,5 mil hectares (veja o vídeo acima).
Os pesquisadores acreditam que o parque tenha pelo menos 20 onças-pardas e quatro onças-pintadas. Através de sensores, armadilhas fotográficas também registram imagens. Entretanto, os caçadores ameaçam a raridade.
"Nós temos animais que só são encontrados aqui dentro do parque. Se continuar assim, provavelmente alguns vão sumir da nossa mata por causa dos infratores", relata o guarda Vilmar Grützmann.
Segundo o gestor do parque, o biólogo Dante Meller, as onças são as mais ameaçadas. "Eles caçam os animais dos quais as onças se alimentam, então eles competem com as onças e elas vão ficando cada vez mais raras. Elas podem entrar em extinção por conta desse impacto", explicou.
Outro fator que coloca as onças em risco de extinção no território gaúcho são as hidrelétricas. O aumento do nível do Rio Uruguai, no Salto do Yucumã, dificulta a travessia das onças, que estão em maior quantidade do lado argentino. É de lá que elas migram para o Brasil e se tornam uma das principais atrações turísticas do Parque Estadual do Turvo.
Da entrada do parque até o conjunto de quedas d'água do Salto do Yucumã, um caminho que totaliza 15 km, técnicos e guardas florestais costumam encontrar animais de diversas espécies, mas a presença de onças é cada vez mais difícil de ser registrada. "Parecia um cachorro. Só que logo a gente percebeu uma coisa diferente. Então caiu a ficha. Era uma onça-parda", relatou Meller, que imediatamente fotografou o animal.
http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2014/07/cacadores-ameacam-sobrevivencia-de-oncas-em-parque-do-rs.html
Biodiversidade:Fauna
Unidades de Conservação relacionadas
- UC Turvo
As notícias publicadas neste site são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.