O Instituto Brasília Ambiental (Ibram) registrou neste mês a passagem de uma onça pintada na unidade de conservação Estação Ecológica de Águas Emendadas de Brasília (Esecae), em Planaltina, após décadas sem evidências da espécie no Distrito Federal. "Esse é um momento histórico, porque há 30 anos não se tinha registro dessa espécie no DF. Isso é muito importante, porque a partir dele a gente vai elaborar estratégia de conservação que antes não se tinha", afirma a bióloga Marina Motta de Carvalho, coordenadora do projeto Monitoramento de Mamíferos de Médio e Grande Porte da Esecae.
Os estudos relacionados a onça pintada vão continuar. Segundo Marina, o próximo passo será conhecer o deslocamento do animal, que costuma percorrer cerca de 300 km², para então encontrá-lo e instalar um colar GPS, que vai monitorar os pontos por onde passou e as coordenadas geográficas da onça a fim de preservar a espécie ameaçada de extinção.
A unidade de preservação corresponde a uma área de mais 10.500 hectares. Apesar da raridade do surgimento da onça-pintada, a pesquisadora afirma que o animal não foi induzido a passar por ali por conta de interferências climáticas ou ambientais. "Nós que estamos nos aproximando dele. Foi uma surpresa muito positiva, porque isso demonstra que a qualidade ambiental da unidade está preservada".
Câmeras TRAP
As armadilhas fotográficas que registraram a passagem da onça foram instaladas em setembro deste ano. Na unidade de conservação há quatro equipamentos instalados em árvores para observarem os animais, por meio de um sensor de movimento. "Quando o animal passa em frente a câmera ela captura a imagem. Depois, o pesquisador volta para analisar os registros", explica a bióloga.
Antes de setembro, a câmera TRAP havia sido instalada por pesquisadores da Universidade de Brasília, em 2008. Mas essa foi a primeira vez que o Ibram fez esse tipo de monitoramento. A instituição planeja a instalação de mais seis câmeras dessas.
Além das armadilhas fotográficas, a equipe do Ibram também se utiliza de vestígios diretos, como fezes, pegadas, arranhões, pêlos nas cercas, ranhuras em árvores deixados pelos animais. Esses rastros permitem a identificação das espécies.
http://www.jornaldebrasilia.com.br/noticias/cidades/580318/onca-pintada-e-registrada-em-planaltina-df/
UC:Estação Ecológica
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