Localizado no coração do Cerrado brasileiro, o Distrito Federal apresenta uma rica biodiversidade e a protege através de 106 Unidades de Conservação (UCs) - o que representa mais de 90% do seu território sob proteção ambiental. Com o objetivo de ampliar o conhecimento da sociedade em relação às Unidades de Conservação presentes na capital federal, o Instituto Brasília Ambiental (IBRAM), da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, órgão parceiro do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), lançou o Guia de Unidades de Conservação do Distrito Federal.
Das 106 UCs localizadas no Distrito Federal, 95 são Unidades do DF, sob responsabilidade do IBRAM, e 11 são Unidades federais, administradas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). O foco do Guia são as Unidades distritais, em especial Estações Ecológicas, Reservas Biológicas, Áreas de Proteção Ambiental e Áreas de Relevante Interesse Ecológico (os Parques Distritais, 73 no total, já foram objetos de outra publicação, lançada no primeiro semestre deste ano).
Com tiragem de 5 mil exemplares (a versão online pode ser acessada através do site www.ibram.df.gov.br), a publicação reúne os principais dados sobre as UCs, apresentando textos leves e de fácil entendimento, além de belas ilustrações e imagens das áreas protegidas. De acordo com o presidente do IBRAM, Nilton Reis, a versão impressa do Guia foi distribuída em diversos órgãos do governo (ICMBio, Ibama, Ministério do Meio Ambiente, Ministério Público, Procuradoria do GDF, Novacap, dentre outros) e também em escolas.
"Nosso objetivo é informar a sociedade a respeito das áreas protegidas, pois o conhecimento é uma ferramenta essencial para assegurar o desenvolvimento sustentável", analisou Reis. Diante das diversas ameaças à biodiversidade - inchamento populacional, expansão urbana, ocupações irregulares, poluição e desmatamento, as Unidades de Conservação se tornam ainda mais relevantes. "As UCs cumprem papel fundamental na proteção da fauna e da flora, na preservação dos recursos hídricos e na manutenção da qualidade de vida", argumentou o presidente do IBRAM.
Além disso, as UCs revelam outras possibilidades de uso e apresentam um grande potencial turístico. O ecoturismo praticado nessas regiões permite que as pessoas se aproximem da natureza e se conscientizem da sua importância, assim como as ações de educação ambiental, que também são incentivadas nas Unidades de Conservação do DF. "Um dos projetos desenvolvidos para sensibilizar a comunidade é o Reeditor Ambiental, um curso para professores da rede pública realizado na Estação Ecológica de Águas Emendadas (Planaltina). A ideia é que os professores sejam multiplicadores do conhecimento adquirido no curso", destacou Nilton Reis.
O enorme potencial científico das Unidades, explorado mediante autorização prévia do IBRAM, também é outra característica relevante. "Nós concedemos muitas autorizações para que os pesquisadores possam desenvolver seus estudos dentro das UCs", completou Reis.
Classificação das UCs
As Unidades de Conservação se dividem em duas categorias principais: Unidades de Proteção Integral (admitem apenas o uso indireto dos recursos naturais e contemplam as seguintes subdivisões: Estações Ecológicas, Reservas Biológicas, Parques Nacionais/Distritais, Monumentos Naturais e Refúgios de Vida Silvestre) e Unidades de Uso Sustentável (compatibilizam a conservação da natureza com o uso sustentável de parte dos recursos naturais; são elas: Áreas de Proteção Ambiental, Áreas de Relevante Interesse Ecológico, Florestas Nacionais/Distritais, Reservas Extrativistas, Reservas de Fauna, Parques Ecológicos, Reservas de Desenvolvimento Sustentável e Reservas Particulares do Patrimônio Natural).
http://www.icmbio.gov.br/portal/comunicacao/noticias/5080-ibram-lanca-guia-com-unidades-de-conservacao-do-df.html
UC:Geral
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