Está inseguro fazer caminhadas no Parque Mãe Bonifácia, um dos mais tradicionais locais para a prática esportiva e o contato com a natureza na Capital. Além dos furtos e roubos, o local também é usado como "motel" por alguns frequentadores.
Com o horário de verão, o Parque passou a ficar aberto até as 19 horas. Com isso, somente este mês, o número de freqüentadores dobrou. Segundo a direção da unidade, o local passou a receber por volta de 20 mil pessoas por semana, com maior concentração aos sábados e domingos. Com isso, aumentaram também os já conhecidos problemas com a segurança.
Entre os meses de dezembro e janeiro, 15 delitos foram registrados no local, porém o número pode ser ainda maior, uma vez que muitos não registram boletins de ocorrência (BO).
Na semana passada, câmeras de segurança do local flagraram um casal de idosos sendo assaltado dentro do parque. O vídeo mostra um motociclista, pilotando em área proibida, sacando uma arma e levando diversos pertences do casal. O roubo foi registrado por volta das 7h40.
A auxiliar administrativa Maria do Rosário, de 28 anos, contou que há vários anos caminha no local, porém como já foi assaltada passou a seguir um protocolo para evitar roubos. "Só caminho com a roupa do corpo. Deixo celular, relógio, documentos, tudo no carro".
Porém, deixar os pertences no veículo não é garantia de segurança. Muitos carros são alvos dos criminosos, que quebram os vidros para levar os pertences.
Após as 19h, trilhas do parque também passaram a abrigar casais, heterossexuais e homossexuais, que utilizam as matas da unidade de conservação como motel gratuito. Não muito distante das trilhas é possível encontrar diversos preservativos e gel lubrificante entre outros objetos deixados pelos casais.
Não é de hoje, que o local sofre com estes problemas. Em 2011, a situação ficou tão crítica que a direção do parque em conjunto com a comunidade LGBT realizou uma campanha para sensibilizar a população sobre os riscos do uso inadequado das áreas verdes.
De acordo com o gerente do Parque, coronel Celso Benedito, na ocasião, o parque chegou a ser apelidado de "Km Zero", região que abriga várias casas noturnas e pontos de prostituição.
Segundo o coronel, o problema diminuiu substancialmente desde então. A direção passou a trancar a unidade após o pôr-do-sol e reforçou o policiamento, tanto particular quanto da Polícia Militar. Contudo, durante o verão cresce a quantidade de visitantes, mas o policiamento não, gerando um número maior de ocorrências.
Segundo o coronel, o grande gargalo dos incidentes do Parque se encontra em uma entrada para o bairro do Quilombo, nos fundos da unidade. Criminosos usam o local para entrar, cometer os crimes e sair sem levantar suspeitas. A área já foi fechada e cercada pela direção do parque, mas a própria população, por preguiça de se deslocar até a entrada principal, destruiu as barreiras.
"A nossa ideia agora é murar e isolar completamente aquela área. Com isso, acreditamos que vamos praticamente zerar os problemas no parque".
De acordo com o coronel, para evitar os problemas a população deve seguir algumas recomendações, como respeitar o horário de funcionamento, caminhar em grupo e não ostentar bolsas, relógios, e outros utensílios que possam chamar atenção.
Regras
Cães são proibidos dentro dos arredores do parque. A medida teve que ser tomada por conta do descaso dos freqüentadores, que não limpavam os dejetos do animal. As bicicletas também tiveram que ser proibidas em virtudes de acidentes. Somente os menores de 10 anos podem pedalar no local.
http://www.midianews.com.br/conteudo.php?sid=3&cid=222068
UC:Parque
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