G1 - http://g1.globo.com/ - 05/02/2015
Um bugio se ouve ao longe... E segundo a bióloga Paula Guarini Marcelino, isso não é por acaso. "O gênero Alouatta possui uma vocalização particular, graças ao osso hioide, que funciona como uma caixa de ressonância, situado entre a laringe e a base da língua, aumentando o som da vocalização", diz. Em razão disso, explica, é possível ouvi-lo "em longa distância dentro de uma mata fechada". Os registros que compartilha hoje no Você no TG foram obtidos dentro do Parque Estadual Mata São Franscisco (PEMSF), localizado entre os municípios de Santa Mariana e Cornélio Procópio, no Paraná. Mais: são parte de um estudo feito por ela, ano passado, sobre o comportamento desses primatas e a análise de dieta deles ("Padrões de atividades de um grupo de bugios (Alouatta clamitans) no Parque Estadual Mata São Francisco, norte do Paraná"). Paula Marcelino, que mora em Santo Antônio da Platina (PR), diz que a espécie Alouatta clamitans (Cabrera, 1940), conhecida popularmente como bugio-ruivo ou barbado, normalmente vive em grupos e tem "comportamentos que determinam uma hierarquia, onde mantém o controle na estrutura e estabilidade social do bando". Soma-se a isso, são importantes na manutenção das matas, pois se alimentam de frutos, flores e folhas, e, no final, auxiliam "no controle de fragmentos florestais, ingerindo e dispersando suas sementes". Em outras palavras, são indispensáveis "dentro de pequenos fragmentos florestais para manter o controle e equilíbrio do local", garante. Valeu, Paula Marcelino!! Super obrigada pelas fotos e pelas informações precisas de quem conhece o assunto de perto... Quem quiser participar do Você no TG é simples. Basta preencher uma ficha e anexar as fotos neste link. Até lá!!
http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/terra-da-gente/especiais/noticia/2015/02/o-olhar-profissional-de-paula-marcelino-sobre-os-bugios.html
Biodiversidade:Fauna
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