Cerca de 500 pessoas foram para área cedida por agricultor em Guatambu.
Famílias estavam desde 4 de junho no local e fizeram acordo para sair.
O grupo que ocupava a Floresta Nacional de Chapecó deixou a área na tarde desta terça-feira (28) em Guatambu, no Oeste catarinense. As cerca de 500 pessoas que estavam no local foram para uma propriedade cedida por um agricultor, há 12 quilômetros da reserva. A informação foi confirmada pelo prefeito de Guatambu, Pedro Borsoi, e pela assessoria do MST. Não houve conflito durante o processo, informou a Polícia Militar.
Nesta terça vencia o prazo
o acordo definido na Justiça para que as famílias, ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), deixassem a Floresta Nacional de Chapecó, que fica às margens da SC-283. Dividida entre os municípios de Chapecó e Guatambu, ela possui cerca de 1.600 hectares.
Desde a madrugada de 4 de junho, centenas de pessoas ocupavam uma área de 800 hectares de reflorestamento de pinus. O grupo reivindica o espaço em Guatambu para agricultura familiar, mesmo após deixar o local, conforme a assessoria do MST em Chapecó.
A remoção do acampamento na Floresta iniciou na manhã desta terça-feira (28). Até as 16h30, algumas pessoas ainda estavam na área limpando o local, conforme a assessoria do MST.
De acordo com o prefeito de Guatambu, as famílias foram para outra área, no interior do município. "Foram para um a área pequena que um agricultor cedeu", disse Borsoi.
Segundo a assessoria do MST, em reunião na manhã desta terça (28), o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) informou que deve agendar uma reunião entre os representantes das famílias que estam acampadas em Guatambu, Governo de Santa Catarina e Ministério do Meio Ambiente para tentar resolver a situação.
Ato pela reforma agrária
Na segunda (27),
um ato pela reforma agrária foi realizado pelas famílias. De acordo com a assessoria do MST em Chapecó, por volta das 14h, a SC-283, que passa pela Floresta, teve o trânsito interrompido por cerca de 20 minutos. A Polícia Militar e a Polícia Militar Rodoviária (PMRv) não confirmaram a interrupção ao G1.
Depois, o grupo, junto com outros movimentos sociais e com representantes de assentamento do MST de outras regiões do estado, realizaram uma marcha no Centro de Guatambu e se reuniram no salão paroquial da cidade em um ato em defesa da reforma agrária. Um representante do Incra acompanhou a reunião.
Acordo
Um acordo entre todas as partes relacionadas à ocupação da Floresta Nacional de Chapecó, no Oeste catarinense, havia determinado que as famílias do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST)
deixassem a área em 20 dias. A decisão foi tomada em audiência na Justiça Federal de Chapecó na quarta-feira (8) e passou a contar a partir de quinta (9).
http://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2016/06/grupo-ligado-ao-mst-deixa-floresta-nacional-de-chapeco.html
UC:Floresta
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