Na última sexta-feira (22), Unidade de Conservação teve mais de 60 hectares queimados, em apenas 7 horas
Mais um incêndio atingiu o Parque Estadual Juquery na última sexta-feira (22). O foco, possivelmente criminoso, teve início por volta das 15h30, em área aberta à visitação pública. O combate foi realizado pela equipe de brigadistas da Unidade de Conservação e Defesa Civil de Caieiras além do Corpo de Bombeiros e terminou por volta das 23h.
Devido aos fortes ventos, baixa umidade relativa do ar, clima quente e seco e a quantidade de matéria orgânica, principalmente na região de Cerrado, a ação de combate foi muito difícil e infelizmente a programação prevista para atividade noturna -Caminhada e passeio ciclístico da Lua Cheia- teve de ser cancelada.
Estima-se que 66,66 hectares foram atingidos por este incêndio. O dano à fauna local ainda não foi avaliado. As condições de velocidade e intensidade do incêndio indicam que a origem do fogo tenha sido criminosa, no entanto não há registros para comprovação até o momento.
As áreas atingidas, em sua grande parte são fisionomias campestres do bioma Cerrado, um ecossistema altamente ameaçado de extinção protegido pelo Parque Estadual Juquery, o último grande remanescente de Cerrado existente na região metropolitana de São Paulo.
Desde setembro de 2014, quando um incêndio destruiu 120 hectares do PEJy, novas ocorrências queimaram 334,4 hectares, contando com o incêndio do último dia 22 de julho.
"É extremamente preocupante essa situação. Toda essa composição queimada levará pelo menos 10 anos para ser recuperada. Isso em termos de vegetação. Já a fauna, sofre pelo desequilíbrio do seu habitat natural e muitas vezes, ao fugir do fogo torna-se presa fácil aos predadores oportunistas ou rumam para áreas de risco, como margens de rodovias", comenta o gestor do Parque Estadual Juquery, Francisco de Assis Honda.
De acordo com Honda, a população da região tem papel fundamental na prevenção e monitoramento de incêndios florestais e campestres. "O fogo nunca começa sozinho, a ação humana sempre está relacionada a ele. É importante que todos tenham consciência e, principalmente, compromisso em ajudar a evitar que novos incêndios aconteçam", alerta.
Queimar lixo e uso do fogo para limpeza de terrenos em áreas próximas a vegetação natural, jogar bitucas de cigarro em rodovias e sobretudo soltar balões, são as principais ameaças que acabam por gerar grandes incêndios tanto florestais como campestres.
"Se queimamos nossa flora, pioramos a qualidade do ar que respiramos, a qualidade do solo e comprometemos a produção em quantidade e qualidade do serviço ambiental Água. Não é só o meio ambiente natural que sofre com o fogo, mas a população em geral principalmente as crianças e idosos", explica o gestor.
Sobre o parque
O Parque Estadual Juquery possui grande importância para a conservação do Cerrado, abrigando o último remanescente do bioma ainda preservado na região metropolitana de São Paulo. A Unidade de Conservação possui 2.058,09 hectares e abriga grande variedade de plantas e animais. Para mais informações, acesse www.ambiente.sp.gov.br/parque-estadual-do-juquery
SERVIÇO
Parque Estadual Juquery
Acesso pela Rua Miguel Segundo Lerussi s/no Parque Industrial. Franco da Rocha/SP
Dias e horários de funcionamento: de terça-feira a domingo, das 8h às 17h.
Ingresso: Entrada gratuita
Telefone: (11) 4449.5545
E-mail: pe.juquery@fflorestal.sp.gov.br
Estacionamento: 150 vagas (gratuito)
http://fflorestal.sp.gov.br/2016/07/26/incendios-ameacam-fisionomias-campestres-do-cerrado-no-parque-estadual-juquery/
Florestas:Queimadas
Unidades de Conservação relacionadas
- UC Juquery
As notícias publicadas neste site são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.