Governo federal começa a negociar desapropriação de áreas para ampliar reserva do Taim

G1 - http://g1.globo.com/ - 10/06/2017
Ao todo, 8 mil hectares deverão ser desapropriados, desses 7 mil são área de banhado. Processo pode levar até cinco anos.



O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, ligado ao Ministério do Meio Ambiente, começou a negociar a desapropriação das áreas para a ampliação da estação ecológica do Taim, no Sul do Rio Grande do Sul. O processo pode levar até cinco anos.

Ao todo, 8 mil hectares deverão ser desapropriados e desses 7 mil são banhado. Por isso, os analistas do instituto acreditam que não enfrentarão problemas para a compra das áreas, já que esse tipo de solo não é adequado para pecuária e agricultura.

"Pelo que a gente tem conversado a maioria deles tem interesse em vender mesmo. Então, grande parte, por ser banhado, é mais adequado para conservação da biodiversidade do que para produção", explica o analista ambiental do Icmbio, Caio Eichenberger.

É o caso de uma empresa, que participa do processo de ampliação. Dos seus 12.400 hectares, 2.280 vão pertencer à reserva.

"Ninguém se sentiu prejudicado. Os que se acharam a gente dava a abertura para poder expor suas razões efetivas e os pequenos proprietários, dentro dos critérios que foram estabelecidos para ampliação da reserva, da estação, foram contemplados", avalia o gerente da empresa Trevo Florestal, Eduardo Valle.


Reserva será ampliada para 32,7 mil hectares

O processo de desapropriação iniciou após um decreto do governo federal que ampliou de 10,7 mil hectares para 32,7 mil hectares a área da reserva ecológica. Dos 22 mil hectares, 14 mil são da União.

A ampliação e o recente reconhecimento do Taim trazem expectativa para a atração de mais recursos do governo federal, que pode ser destinado a projetos como a criação de um centro de visitantes em uma antiga casa de bombas. Além disso vai fortalecer a fiscalização contra a pesca e a caça ilegal.

"Com todo o regramento, a gente acredita que vai aumentar como um grande refúgio aqui regional para todas as espécies. Já é um polo e a tendência é de cada vez mais dessa importância mundial do Taim crescer", observa o chefe da Estação Ecológica do Taim, Henrique Ilha.

Ele destaca que a reserva serve de lugar de descanso para espécies que atravessam continentes. "Animais que vem do Canadá, da Patagônia, do Chile, da Argentina que precisam do Taim pra descansar, trocar as penas, criar ninhos. Então a gente está garantindo aí a vida pra todas essas espécies."



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