Após o período de prevenção dos incêndios florestais, o Ibama intensificou o combate principalmente nas regiões norte e nordeste a partir de agosto. A baixa umidade do ar e o calor intensificam o fogo, que ameaça áreas protegidas.
No Parque Nacional dos Campos Amazônicos e na Terra Indígena Tenharim Marmelos, no Amazonas, o incêndio foi controlado após atingir 35 mil hectares. A operação reuniu 48 brigadistas, entre eles indígenas.
Na Terra Indígena (TI) Bacurizinho, no Maranhão, o combate é realizado por duas brigadas indígenas, uma delas especializada em Caatinga, e parte da equipe do Distrito Federal, totalizando 44 brigadistas e três servidores.
Em Tocantins, na região da Ilha do Bananal e do Rio Araguaia, o controle das chamas é realizado por cinco brigadas indígenas, uma delas especializada em Cerrado, e integrantes da equipe do Distrito Federal. No total, 150 brigadistas e dois especialistas em incêndios florestais foram mobilizados.
"Apesar das condições climáticas desfavoráveis, o trabalho de prevenção realizado pelas brigadas federais reduzirá os danos causados pelos incêndios florestais", avalia o o chefe do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) do Ibama, Gabriel Zacharias.
No primeiro semestre de 2017, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) registrou 41.885 focos de calor na Amazônia, o que representa aumento de 15% em relação ao mesmo período de 2016: 36.279.
Prevenção
Em 2017, o Prevfogo contratou 866 brigadistas florestais para atuar em 52 brigadas federais: 27 em terras indígenas, 13 em assentamentos federais, 2 em territórios quilombolas, 7 especializadas em diferentes biomas e 3 de pronto atendimento.
As equipes estão distribuídas em bases de operação localizadas no Distrito Federal e em 13 estados: Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia e Tocantins.
A capacitação dos brigadistas incluiu 33 cursos de Formação de Brigada Florestal, quatro de operador de motosserra (para ao combate ao fogo), dois de Perícia de Incêndios Florestais, um de Combate Aéreo, um de Elaboração de Mapas de Carga de Combustível, um de Sistema de Controle de Incidentes (SCI) e um Oficina de Combate Ampliado.
Até agosto, seguindo as diretrizes do Manejo Integrado do Fogo (MIF), as brigadas realizaram 1.368 ações de educação ambiental para um público de aproximadamente 20 mil pessoas. As equipes também prepararam 4 mil quilômetros de aceiros e acompanharam 196 "queimas controladas" (uso do fogo como fator de produção e manejo em atividades agropastoris ou florestais e para fins de pesquisa científica e tecnológica, em áreas com limites físicos previamente definidos), que somaram 4.976 hectares.
Cerca de 36 mil mudas de árvores nativas foram produzidas e 85 hectares de área degradada estão em processo de recuperação. Neste ano foi intensificado o uso das "queimas prescritas": 1.148 queimas em cerca de 400 mil hectares de Cerrado, com o objetivo de proteger mais de 9 milhões de hectares contra possíveis incêndios florestais.
O Programa Brigadas Federais protege diretamente cerca de 21 milhões hectares de Terras Indígenas, projetos de assentamento e territórios quilombolas, áreas que abrigam aproximadamente 160 mil pessoas. Também auxilia na proteção de cerca de 11 milhões de hectares de Unidades de Conservação (UCs) federais, estaduais e municipais.
http://www.ibama.gov.br/noticias/422-2017/1191-ibama-combate-incendios-em-areas-protegidas-nas-regioes-norte-e-nordeste
Florestas:Queimadas
Unidades de Conservação relacionadas
- TI Bacurizinho
- TI Tenharim/Marmelos
- UC Campos Amazônicos
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