Parque Estadual do Rio Doce passa a exigir cartão de vacinação atualizado aos visitantes devido a surto de febre amarela em Minas
Turistas também devem assinar termo de responsabilidade de risco; novos procedimentos visam impedir a disseminação da febre amarela no estado.
G1 Vales
07/03/2018 10h55 Atualizado 07/03/2018 11h00
Devido ao surto de febre amarela em Minas Gerais, o Instituto Estadual de Florestas (IEF) passou a exigir a apresentação de cartão de vacinação atualizado aos visitantes do Parque Estadual do Rio Doce. Eles também devem assinar um termo de responsabilidade de risco, informando que está ciente de que existe possibilidade de transmissão da doença no local. A determinação começou no início deste mês.
Além disso, a dose contra a febre amarela deve ter sido tomada pelo menos dez dias antes da data de visita. Já aqueles que não puderem ser imunizados contra a doença devem apresentar laudo médico que explique a situação. As medidas visam conter a disseminação da doença, que neste ano já
provocou mais de 100 mortes no estado neste ano. Nenhum caso de febre amarela foi registrado no Vale do Aço.
O parque possui média mensal de visita de 15 a 20 excursões de escolas, com cerca de 30 estudantes em cada grupo. Para aplicar o cumprimento das medidas de segurança a esses grupos, a equipe do parque já se preparou.
"Sempre trabalhamos com o agendamento das escolas, para oferecer um acolhimento adequado. Mas a partir de agora será preciso informar previamente o nome e a situação vacinal dos alunos. Essas informações serão conferidas na portaria, e somente quem estiver imunizado poderá entrar no parque", explica o gerente, Vinícius de Assis Moreira.
Localizado entre os municípios de Marliéria, Dionísio e Timóteo, o Parque Estadual do Rio Doce possui 35.966 hectares de área remanescente da Mata Atlântica. Além do contato com a natureza, os visitantes podem apreciar trilhas, mirante, balneário, restaurantes e lanchonetes, além de área para camping com capacidade para 250 barracas.
O parque tem entrada gratuita de domingo a domingo. Não é necessário agendar a visita, exceto para grupos escolares e pesquisadores.
Febre amarela em Minas
De acordo com o último boletim divulgado nesta terça-feira (6) pela Secretaria de Estado de Saúde (SES),
320 casos da doença foram confirmados no estado. Outros 624 continuam sob investigação e 108 pessoas morreram.
Entre os casos confirmados, 280(87,5%) são do sexo masculino e 40 (12,5%) do sexo feminino. Em relação aos óbitos, cinco vítimas eram do sexo feminino. A média de idade dos pacientes é de 48 anos. A letalidade da doença é de aproximadamente 33,8%.
O que é febre amarela?
A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus transmitido por mosquitos infectados. Em área rural ou de floresta, os macacos são os principais hospedeiros e a transmissão ocorre pela picada dos mosquitos transmissores infectados Haemagogus e Sabethes. Nas cidades, a doença pode ser transmitida principalmente por mosquitos da espécie Aedes aegypti. Não há transmissão direta de pessoa a pessoa.
Os sintomas iniciais da febre amarela incluem o início súbito de febre, calafrios, dor de cabeça intensa, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza.
https://g1.globo.com/mg/vales-mg/noticia/parque-estadual-do-rio-doce-passa-a-exigir-cartao-de-vacinacao-atualizado-aos-visitantes-devido-a-surto-de-febre-amarela-em-minas.ghtml
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