Consema aprova concessão de área de uso público do PE Cantareira
Também teve votação favorável a criação de duas unidades de conservação
20 jun, 2018
Luciana Reis
Depois de uma longa e intensa jornada para a construção de um modelo de concessão para área de uso público do Parque Estadual da Cantareira, na zona norte da capital paulista, a proposta foi aprovada na 367ª Reunião Ordinária do Plenário do Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema), realizada na quarta-feira, 20 de junho, na sede da Secretaria do Meio Ambiente.
A concessão de áreas de uso público traz ganhos para a conservação, fortalece a educação ambiental e pesquisa, melhora a experiência de visitação, como acessibilidade, por exemplo, e amplia os benefícios para comunidades do entorno, com mais possibilidades de emprego e renda.
Ou seja, haverá concessão de serviços na área de uso público, que no caso do PE Cantareira, é de 1,18% do total. O processo de concessão assegura ainda que os recursos obtidos sejam integralmente aplicados na gestão e conservação das unidades integrantes do Sistema Estadual de Florestas (Sieflor). Este modelo de gestão permite ao Estado contar com mais recursos para investir na proteção e conservação das áreas protegidas ao mesmo tempo em que garante melhor prestação de serviços para o público.
"A concessão é somente de áreas de uso público. As demais áreas permanecem sob a gestão da Fundação Florestal. Queremos assim trazer mais pessoas para dentro das unidades, propiciar que tenham contato com a natureza e fortalecer a proteção da biodiversidade, colocando a sociedade civil a favor das unidades de conservação", esclarece Rodrigo Levkovicz, diretor da Fundação Florestal (FF).
Os próximos passos são a abertura de um processo licitatório e posterior assinatura de contrato com a interessada em explorar os serviços de ecoturismo no PE Cantareira.
Mais proteção
Os conselheiros aprovaram ainda a criação de mais duas áreas protegidas. Uma delas é o Mosaico de Unidades de Conservação do Cerrado Paulista, que abrange os municípios de Bauru, Pederneiras e Agudos no centro-oeste paulista.
De acordo com o secretário Maurício Brusadin, a criação do Mosaico é importante para blindar o Cerrado, que é um dos biomas mais ameaçados, e agora é o segundo maior conjunto protegido do cerrado paulista em termos de área.
A outra conquista foi a aprovação, pelo Consema, da criação da Área de Proteção Ambiental - APA Serra do Itapeti, em Mogi das Cruzes, Guararema e Suzano, na região da Grande São Paulo.
"Criar uma unidade de conservação é o que de mais valioso se pode fazer pelo meio ambiente", ressaltou Brusadin, acrescentando que está se aproximando da meta de criar 15 áreas protegidas durante sua permanência à frente da Secretaria do Meio Ambiente.
A reunião contou ainda com uma apresentação sobre "Ecossistema continental de transposição de umidade da região amazônica, os 'Rios Voadores'", pelo ambientalista e presidente do Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental (Proam) Carlos Bocuhy. Ele destacou que sem a proteção de áreas que alimentam e mantém a transposição de umidade e chuvas, não haverá sustentabilidade para a América do Sul. Os rios voadores são os responsáveis por criar e levar as chuvas para dentro do continente, o que permite a continuidade da vida e demais processos e atividades.
http://www.ambiente.sp.gov.br/2018/06/consema-aprova-concessao-de-area-de-uso-publico-do-pe-cantareira/
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