Parque Estadual do Grajaú é referência em acessibilidade

O Globo - https://oglobo.globo.com - 10/10/2018
Parque Estadual do Grajaú é referência em acessibilidade
10/10/2018 - 04:30

Cuidados com o paisagismo, e prevenção a incêndios florestais aliada à conservação ambiental também estão entre os destaques

RIO - Além de um belíssimo recanto de lazer bucólico, o Parque Estadual do Grajaú, fundado em 1978, é um exemplo de gestão ambiental. No local, a estrutura de acessibilidade segue à risca as regras da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), segundo o biólogo Márcio Carazza, gestor do parque desde 2010 e um dos responsáveis pela sua revitalização.

- Eu cheguei com o objetivo de revitalizar o espaço, melhorando as condições de uso e de preservação e a recuperação ambiental. E assim fizemos - diz Carazza, funcionário da prefeitura.

Cuidados com paisagismo; prevenção a incêndios florestais aliada à conservação ambiental; e reaproveitamento de árvores mortas para a confecção de mobiliário de uso público são alguns dos fatores que fazem do parque um modelo de gestão.

Em junho passado foram inaugurados no Parque Estadual do Grajaú banheiros para pessoas com mobilidade reduzida. O local já contava, desde 2015, com uma rampa que liga a entrada ao centro do parque.

- Muitos chamam esse espaço de reserva, o que é errado, pois essa é uma palavra que detona algo restrito à circulação. Aqui, na verdade, é um parque, aberto para uso e utilidade públicos. E para que todos venham, investimos na acessibilidade. Não há outro parque no Rio que siga à risca todas as regras da ABNT. Estou certo disso - pontua Carazza.

O paisagismo também merece destaque. Em 2009, árvores de espécies não nativas foram retiradas para dar lugar a um mirante na entrada; canteiros mortos foram refeitos; e a espécie Malvaviscus arboreus, que atrai o beija-flor verde, animal símbolo do parque, foi replantada. Há cerca de quatro anos, foram instaladas placas de identificação nas árvores nativas, indicando os nomes científico e vulgar.

- Há mangueiras frondosas, complicadas de retirar. Só o faremos se estiverem mortas ou beirando cair, mas a ideia é termos somente espécies de Mata Atlântica no local - afirma o gestor.

Usando a madeira das árvores mortas, Carazza confeccionou bancos e mesas do parque, dando um exemplo de reaproveitamento e reciclagem.

Outra iniciativa que merece destaque é o reflorestamento na parte alta do parque, que começou em 2011, com a retirada de capim-colonião (vilão dos incêndios florestais):

- Reflorestamos 7 hectares. Ainda faltam 4 - diz o gestor, acrescentando que o parque conta ainda com um pequeno auditório, aberto ao público, para 20 pessoas.

https://oglobo.globo.com/rio/bairros/parque-estadual-do-grajau-referencia-em-acessibilidade-23143828
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