Segundo a Polícia Ambiental, novos focos apareceram em outro ponto da Estação Ecológica de Jataí na tarde de domingo (5). Base de comando de operações foi montada no estádio municipal.
Depois de pegar fogo por dez dias seguidos até o último dia 28 de agosto, a Estação Ecológica de Jataí, em Luís Antônio (SP), voltou a registrar focos de incêndio.
Segundo o capitão da Polícia Militar Ambiental, Diogo Araújo, as equipes trabalham desde a tarde de domingo (5) para combater as chamas que atingiram um outro ponto da maior reserva de cerrado do estado de São Paulo.
"Esse fogo não é no mesmo local, ele é até no sentido contrário ao fogo que combatemos há mais ou menos uma semana. Ele se iniciou ontem, no finalzinho da tarde, e o pessoal já veio combatendo ele durante a madrugada, porém ele ainda continua se propagando entre Luís Antônio e Santa Rita. A gente está tentando evitar que atinja outra unidade de conservação", disse.
Para tentar controlar o fogo o quanto antes, a Polícia Militar montou uma base de comando de operações no estádio municipal de Luís Antônio.
O local servirá como ponto de partida para a força-tarefa que trabalha no combate, formada também por bombeiros de outras cidades da região.
"A ideia é trabalhar para que isso [incêndio pior que o anterior] seja evitado. Como iniciamos esse combate ontem mesmo, com a situação de início do incêndio, vamos tentar evitar que ele se propague durante os dias, e o estrago, seja menor", completou.
Área de 5,3 mil campos de futebol queimada
De acordo com a Defesa Civil, o incêndio anterior, entre os dias 19 e 28 de agosto, atingiu cerca de 3,8 mil hectares da Estação Ecológica de Jataí, o equivalente a 5,3 mil campos de futebol no padrão da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
O número representa 42,2% de toda a área de preservação, que tem cerca de 9 mil hectares.
Na ocasião, o combate ao fogo foi realizado por uma força-tarefa que contou com 60 pessoas de diversos departamentos, inclusive quatro aeronaves que fizeram até 30 voos por dia carregando mil litros de água.
A Polícia Ambiental informou que o fogo começou no lixo em uma área rural de São Carlos (SP) e se alastrou por conta do tempo seco e dos fortes ventos.
O responsável por atear fogo no lixo foi identificado após análises de imagens de satélites e diligências em campo. O suspeito é funcionário da propriedade onde o incêndio começou, foi conduzido à delegacia da cidade, ouvido e liberado, mas vai ser multado.
O local sofre com o fogo pelo segundo ano seguido. Em 2020, um incêndio entre agosto e setembro queimou, de acordo com a Polícia Ambiental, cinco mil hectares, dos quais 2,9 mil eram de vegetação nativa.
https://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/2021/09/06/incendio-volta-a-atingir-maior-reserva-de-cerrado-de-sp-8-dias-apos-ser-controlado-em-luis-antonio-sp.ghtml
Florestas:Queimadas
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