Expedição por quatro unidades de conservação estadual mostra que Norte de Minas guarda paraísos ecológicos.
MONTES CLAROS - Mostrar o que o sertão do Norte de Minas Gerais possui de belo em recursos naturais e fazer um levantamento das potencialidades da região, do ponto de vista turístico e da realidade social das cidades que o integram. Em busca desse ideal, o município de Montes Claros - em comemoração aos seus 150 anos - promoveu entre os dias 15 e 18 deste mês uma expedição ambiental entre os municípios que integram o sertão mineiro. Foram mais de 3.500 quilômetros percorridos por equipes especializadas em estudos da natureza, formadas por engenheiros ambientais, agrônomos, biólogos e geógrafos.
Quase todo o trecho foi feito através de parques de conservação gerenciados pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF). Em sua terceira edição, o evento serviu também para que os especialistas catalogassem grutas e espécies da fauna e flora. O objetivo principal, entretanto, foi diagnosticar nos quatro principais parques de conservação da região Norte a degradação do cerrado e da mata seca, além de pensar ações de preservação e minimização de exploração de recursos naturais.
Segundo a secretária de Meio Ambiente de Montes Claros, Anildes Lopes, o projeto é importante porque mostra que o Norte de Minas tem muito mais a oferecer do que a seca. "O programa elaborado em parceria com diversas cidades e apoio de empresas privadas é grandioso e visa quebrar paradigmas. Temos muitos rios que independem das chuvas para manter um bom fluxo de água e capacidade para receber turistas em vários municípios. O sertão mineiro é lindo", afirma.
Inicialmente, a expedição percorreu o parque Lapa Grande, que se localiza nas proximidades de Montes Claros. Composto por mais de cem grutas - 35 catalogadas, a unidade tem cerca de 7.000 hectares onde se predomina a vegetação do cerrado e da mata seca. Nas inúmeras chapadas, afloramentos rochosos e diversas nascentes, além de seis rios, destaque para o córrego Pai João, responsável pelo abastecimento de 40% dos moradores de Montes Claros.
O Parque Estadual Grão Mogol, localizado no município que leva o mesmo nome, é constituído pelo vale Rio do Bosque, que abastece cerca de 20 mil pessoas e outros rios de pequeno porte. Com 33 mil hectares, o relevo é montanhoso e imponente. Ainda há presença de veredas, buritis e de pequizeiros. O parque está situado na bacia rio Jequitinhonha.
Terceiro destino da expedição foi o parque de Serra Nova, em Rio Pardo de Minas. Rico em vegetação rupestre, possui árvores nativas como Jataipeba, Aroeira e Sucupira. A unidade de conservação abriga diversas nascentes e rios de médio porte, como os ribeirões São Gonçalo, Suçuarana e Ventania. Sua extensão é de 13 mil hectares e suas águas abastecem cerca de 18 mil pessoas.
Por último, a expedição passou pelo Parque Estadual Caminho dos Gerais. O maior de Minas entre as unidades de conservação - com cerca de 56 mil hectares, tem nas quedas dágua e na paisagem os grandes atrativos. Criado no início do ano, ainda traz marcas da exploração ilegal de carvão. Atualmente, o parque está livre da ação e a área desmatada já apresenta recuperação natural.
O repórter viajou a convite da Prefeitura de Montes Claros
UC:Geral
Unidades de Conservação relacionadas
- UC Grão Mogol
- UC Serra Nova e Talhado
- UC Caminho dos Gerais
- UC Lapa Grande
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