Município baiano de Iguaí consolida posição de centro de turismo rural nacional

http://www.se.diariooficialeletronico.org - 30/01/2008
Beneficiado diretamente com a criação, em 2006, pelo Governo da Bahia, de uma Área de Proteção Ambiental denominada Serra do Ouro, com mais de 50 mil hectares, o município de Iguaí consolidou posição de destaque na exploração do crescente turismo rural.

Localizado às margens do rio Gongogi, na região sudoeste do estado da Bahia, a 497km de Salvador, 120km de Vitória da Conquista e 140km de Ilhéus, Iguaí vem se firmando a cada ano com um dos mais importantes centros de turismo rural do Brasil, condição para a qual contribuiu muito a criação, em 2006, de uma APA (Área de Proteção Ambiental), denominada de Serra do Ouro, com 50.676 hectares, visando proteger o que existe de belo na região.

Sua população é de um pouco mais de 27 mil habitantes com 60% da população vivendo na zona rural em uma área territorial de 834 Km², sendo que 76% das propriedades possuem menos de 50 hectares.

O município possui mais de 2000 nascentes, 180 cachoeiras, cascatas, serras, vales, com uma rica fauna e flora, com cerca de 14 % de reservas florestais remanescentes da Mata Atlântica, mais de duas dezenas de pequenos rios, com um grande manancial de água doce, fazendo parte de uma importante bacia hidrográfica do estado.

Entre as inúmeras opções de hospedagem se inclui o Hotel Fazenda Princesa Ester, com área de 950.000 m2, reserva de mata atlântica, 36.000 pés de cacau, cajazeiras, jabuticabeiras, abacateiros, mangueiras, coqueiros, bananeiras, barcaça, secador, represa, pastos, curral, gado de leite, sede com 04 suites, sala, cozinha, dependência, varandas, salão para eventos e animais para montaria.

O que é turismo rural

As atividades turísticas no meio rural constituem-se da oferta de serviços, equipamentos e produtos de hospedagem, alimentação, recepção à visitação em propriedades rurais, recreação, entretenimento e atividades pedagógicas vinculadas ao contexto rural, além de outras atividades complementares às acima listadas, desde que praticadas no meio rural, e que existam em função do turismo ou que se constituam no motivo da visitação.

A concepção de meio rural adotada nas Diretrizes brasileiras se baseia na noção de território, com ênfase no critério da destinação e na valorização da ruralidade. Assim, considera-se território um espaço físico, geograficamente definido, geralmente contínuo, compreendendo cidades e campos, caracterizado por critérios multidimensionais, como ambiente, economia, sociedade, cultura, política e instituições, e uma população com grupos sociais relativamente distintos, que se relacionam interna e externamente por meio de processos específicos, onde se pode distinguir um ou mais elementos que indicam identidade e coesão social, cultural e territorial.

Nos territórios rurais, tais elementos manifestam-se,predominantemente, pela destinação da terra, notadamente focada nas práticas agrícolas, e na noção de ruralidade, ou seja, no valor que a sociedade contemporânea concebe ao rural, e que contempla as características mais gerais do meio rural: a produção territorializada de qualidade, a paisagem, a biodiversidade, a cultura e certo modo de vida, identificadas pela atividade agrícola, a lógica familiar, a cultura comunitária, a identificação com os ciclos da natureza.

O Comprometimento com a produção agropecuária identifica-se com a
ruralidade: um vínculo com as coisas da terra. Desta forma, mesmo que as práticas eminentemente agrícolas não estejam presentes em escala comercial, o comprometimento com a produção agropecuária pode ser representado pelas práticas sociais e de trabalho, pelo ambiente, pelos costumes e tradições, pelos aspectos arquitetônicos, pelo artesanato, pelo modo de vida considerados típicos de cada população rural.

A prestação de serviços relacionados à hospitalidade em ambiente rural faz com que as características rurais passem a ser entendidas de outra forma que não apenas focadas na produção primária de alimentos. Assim, práticas comuns à vida campesina, como manejo de criações, manifestações culturais e a própria paisagem passam a ser consideradas importantes componentes do produto turístico rural e, conseqüentemente, valorizadas e valoradas por isso.

A agregação de valor também faz-se presente pela possibilidade de verticalização da produção em pequena escala, ou seja, beneficiamento de produtos in natura, transformando-os para que possam ser oferecidos ao turista, sob a forma de conservas, produtos lácteos, refeições e outros.

O Turismo Rural, além do comprometimento com as atividades agropecuárias, caracteriza-se pela valorização do patrimônio cultural e natural como elementos da oferta turística no meio rural. Assim, os empreendedores, na definição de seus produtos de Turismo Rural, devem contemplar com a maior autenticidade possível os fatores culturais, por meio do resgate das manifestações e práticas regionais (como o folclore, os trabalhos manuais, os "causos", a gastronomia), e primar pela conservação do ambiente natural.
UC:APA

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