Queimadas, que seriam criminosas, atingem parques estaduais

www.g1.globo.com - 10/09/2008
Bombeiros tentam controlar um incêndio no Parque Estadual dos Três Picos, na Região Serrana do Rio. O tempo seco e vento facilitam a propagação do incêndio.

Em cinco dias, área equivalente a quase 30 campos de futebol já foi destruída, segundo os bombeiros.

"Fazemos um buraco e a vegetação que se desprende cai nesse buraco. Nossa equipe fica o dia inteiro apagando a vegetação que rola, tentando impedir que chegue às propriedades e se espalhe pelo parque", explica Flávio Castro, do Instituto Estadual de Florestas.

No topo do pico da Ronca Pedra, os campos de altitude foram queimados. A vegetação rupestre, que nasce nas pedras e demora cerca de 20 anos para se desenvolver, foi destruída.

Não é só o Parque Estadual dos Três Picos que sofreu com as queimadas. O fogo também atingiu outra unidade de conservação na Região Serrana. No Parque Estadual do Desengano, as chamas já foram controladas há dois dias, mas pelos cálculos do Instituto Estadual de Florestas, o incêndio deixou uma área queimada de cerca de 15 hectares. O prejuízo para o meio ambiente teve início por uma ação criminosa.

"Temos certeza que foi um incêndio criminoso. Identificamos várias pessoas, que serão chamadas para explicar o que aconteceu. A pena para incêndio é de três a quatro anos de reclusão", diz Flávio Castro.

O ambientalista Fernando Cavalcanti explica que as práticas de queimadas, comuns nessa época do ano, não são eficazes. Elas tiram os nutrientes do solo e, se o fogo sair do controle do agricultor, os prejuízos acabam atingindo toda a população.
UC:Parque

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