O ECO - www.oeco.com.br - 10/06/2009
Uma formação muito conhecida dos escaladores brasileiros é a de Três Picos de Salinas, no Parque Estadual de Três Picos, em Nova Friburgo, região serrana do Rio. No fim de semana passado uma amiga me chamou para conhecer a versão italiana desses três picos, localizados dentro do Parque Natural Dolomiti di Sesto, na extremidade leste dos Alpes. Foi apenas uma brincadeira, porque "Tre cimi di Lavaredo" têm pouco em comum com a paisagem fluminense.
Os Alpes ali ficam bem próximos do litoral. Em cerca de duas horas de carro partindo de Veneza começam a aparecer os cumes escarpados e cobertos de neve. Os famosos três picos não superam três mil metros de altitude. Um amigo que foi criado na região me disse que não é comum ver tanta neve nesta época do ano (quase verão no hemisfério norte), mas devido à severidade do último inverno boa parte da trilha até a base dos picos estava ainda coberta.
Existem dezenas de caminhos e vias de escalada na região, conquistadas a partir de 1869. As trilhas terrestres por vezes atravessam riachos com volume crescente de água conforme a neve derrete. O frio, como se supõe, é grande em qualquer época do ano. Mas um refúgio de bandeira italiana no pé dos três picos serve para recobrar as energias dos visitantes que optam pela trilha mais conhecida, a exatos 2.333 metros. Ali eles podem se alimentar e até passar a noite, caso façam reserva e paguem com antecedência. As trilhas usadas por soldados durante a 1ª Guerra Mundial são tradicionalmente consideradas as mais difíceis.
O parque é lar de pelo menos 53 espécies de plantas e 222 de animais, de acordo com a base de dados das Nações Unidas. Os cerca de 11 mil hectares da área protegida, criada em 1981, são contíguos a outros dois parques, Fanes - Sennes e Braies e Dolomiti d'Ampezzo. Os três guardam boa parte da paisagem alpina italiana, na fronteira com a Áustria.
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