O IPÊ encaminhou ao Ministério do Meio Ambiente a proposta de reconhecimento do Mosaico de Áreas Protegidas do Baixo Rio Negro, situado na Amazônia Central, Estado do Amazonas. O referido mosaico possui uma Área total de 5.062.849 hectares de unidades de conservação, abrange cinco municípios e 10 áreas protegidas e suas zonas de amortecimento, sendo três federais, sete estaduais e uma municipal.
O Mosaico abrange uma região de reconhecida importância para a conservação da biodiversidade e também da sociodiversidade. Ele se insere na Reserva da Biosfera da Amazônia Central e no Corredor Ecológico Central da Amazônia, maior área de proteção ambiental contínua do mundo, sendo área piloto do Projeto Corredores Ecológicos, do Ministério do Meio Ambiente. Além disto, O Parque Nacional de Anavilhanas e o Parque Nacional do Jaú foram declarados como Sítio do Patrimônio Natural da Humanidade pela UNESCO.
A importância ecológica e social dos ecossistemas do baixo Rio Negro é evidenciada pela alta diversidade biológica o que lhe confere a classe de área de extrema importância para a conservação, segundo Relatório da Biodiversidade Brasileira.
A proposta do mosaico do Baixo Rio Negro caminha para integrar a diversidade de unidades de conservação e outras áreas protegidas que estão conectadas, bem como os atores sociais da região, solucionando a situação de isolamento e dificuldade de gestão de cada área, bem como favorecer o desenvolvimento territorial socioambientalmente responsável.
Essa proposta foi construída da forma mais participativa possível entre os gestores das unidades de conservação, sociedade civil, prefeituras e representantes das comunidades tradicionais, sendo resultado do Edital 01/2005 do Fundo Nacional do Meio Ambiente.
O IPÊ foi proponente nesse edital, e está atuando como animador e articulador da criação do mosaico junto com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, Secretaria de Estado e meio Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável, Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Manaus, Fundação Almerinda Malaquias, Programa Waimir-Atroari, AANA, Sindicado dos trabalhadores Rurais de Novo Airão, Associação de Pescadores de Novo Airão, dentre outros parceiros.
Os próximos passos envolvem a formação do conselho do mosaico e seu
regimento, capacitação dos conselheiros, bem como elaboração das estratégias de gestão territorial.
Workshop busca construir instrumentos de valorização das áreas protegidas
A Embaixada da França no Brasil, junto à diretoria das áreas protegidas do MMA - Ministério do Meio Ambiente - e o IPÊ - Instituto de Pesquisa Ecológicas realizarão nos dias 16 e 17 de outubro, uma oficina de capacitação sobre "Identidade territorial e a valorização dos produtos e serviços: aplicação aos mosaicos de áreas protegidas".
Ocorrerão apresentações de peritos brasileiros e franceses em temas como Certificação Participativa, Indicação Geográfica, Marcas e Selos, e Pagamento por Serviços Ambientais. Haverá, durante o evento, uma reflexão coletiva para desenvolver estes conceitos nos Mosaicos de Áreas Protegidas no Brasil.
Busca-se, por meio desse evento, propor instrumentos que promovam o desenvolvimento territorial, associando produtos e serviços da biodiversidade e sociodiversidade com as áreas protegidas, como por exemplo um "Selo Áreas Protegidas".
O evento ocorrerá na sede do IPÊ, em Nazaré Paulista, interior do Estado de São Paulo, e terá como público-alvo coordenadores de projetos de mosaico de áreas protegidas, apoiados pela cooperação francesa (ONGs, prefeituras, universidades, gestores de UC's), peritos franceses e brasileiros em valorização dos produtos e identidade territorial (centros de pesquisas, associações) e representantes de instituições públicas (Embaixada da França, Federação de Parques Naturais regionais da França e Ministério do Meio Ambiente).
UC:Geral
Unidades de Conservação relacionadas
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