Um gavião foi encontrado na segunda-feira (9) por moradores do Passo Novo, em Alegrete (RS), região que faz parte da Área de Proteção Ambiental (APA) Ibirapuitã. Ele estava com a asa direita quebrada e uma laceração na lateral direita abaixo da asa. "Ao que tudo indica, estava voando rápido, possivelmente em atitude de captura de presa, e se enganchou em fio ou arame", deduziu a analista ambiental e chefe da APA, Eridiane Lopes.
Moradores acionaram o grupo ambiental da Brigada Militar e os policiais pediram apoio da APA para a contenção e o tratamento do animal, que foi encaminhado ao hospital veterinário da Universidade Regional da Campanha (URCAMP), em Alegrete. Técnicos do Cemave (Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres) e do Núcleo de Fauna do Ibama ajudaram a identificar a espécie - um juvenil de gavião-caboclo (Buteogallus meridionalis).
Como o caso é de asa quebrada, os técnicos acreditam que o bicho precisará de, no mínimo, 30 dias para se recuperar e voltar a seu habitat. "Ele está se alimentando de presas vivas, como ratos de laboratório, porque não conseguimos que comesse carne crua. Como é princípio nosso de que o animal deva ser devolvido à natureza, daqui a um mês ele voltará para a mesma região onde foi encontrado ferido", informou a chefe da APA.
A APA Ibirapuitã conta com parceiros como a URCAMP e a médica veterinária Ana Flávia Motta Gomes, da Clínica Saúde Animal, para atuar nesses casos, o que tem ajudado muito já que o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama fica a 500 quilômetros de distância. "Pagamos alimentação, raio-x e medicamentos e os parceiros entram com os procedimentos como imobilização, curativos, exames e, em último caso, eutanásia", disse Eridiane.
Equipes que ficam nos zoológicos e criadouros locais ajudam a APA com informações sobre o manejo destas espécies, ensinando o que elas comem e as quantidades corretas, além de informarem sobre os principais cuidados na contenção e no manejo delas.
UC:APA
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- UC Ibirapuitã (APA)
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