O Conselho Consultivo da Floresta Nacional (Flona) de Irati se reuniu nesta terça-feira (17) para discutir a sua revitalização e reestruturação. As atividades foram retomadas e novas reuniões já estão previstas para os próximos meses.
Nesse encontro, o chefe da Flona, Ricardo Ulhoa, apresentou dados e informações a respeito da área aos presentes e foram discutidos quais são os aspectos indispensáveis para a reestruturação do Conselho Consultivo. Também ficou definido que será feita uma capacitação para os membros do conselho, para que possam auxiliar ao máximo no desenvolvimento das atividades e no cumprimento dos objetivos da Flona.
"Considero a reunião de ontem muito produtiva. Pudemos constatar o quanto as pessoas, representando suas entidades, estão dispostas a contribuir para o desenvolvimento das atividades da FLONA. Ontem demos início a um trabalho que vai gerar belos frutos num futuro próximo", afirma Ulhoa. "A reestruturação do Conselho, com a chegada de novas instituições, com objetivos similares aos de uma Floresta Nacional, fará dele um grande parceiro na gestão da nossa Unidade de Conservação", completa.
Estiveram presentes 20 representantes de variadas instituições, como sindicatos, ONGs, proprietários de áreas vizinhas, universidades e centros de pesquisa, além de representantes da Embrapa, ICMBio e SPVS.
Flona de Irati
A Flona de Irati é uma área de 3.495 hectares, localizada a região centro-sul do Paraná, a 138 km de Curitiba, dos quais 2.187 hectares são de remanescente de Floresta com Araucária. Ou seja, uma importante área para a proteção desse ecossistema ameaçado, do qual resta menos de 0,8% da área original segundo dados da Fundação de Pesquisas Florestais, instituição vinculada à UFPR
A Flona, além de garantir a conservação de serviços ambientais como água, solos, estoque de carbono, biodiversidade e regulação do clima, também é alvo de pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias e técnicas para o uso múltiplo e sustentável de recursos naturais.
Outras atividades também são desenvolvidas na área, como educação ambiental e pesquisas científicas.
A gestão da área é feita pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) de maneira compartilhada com a Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS). A gestão compartilhada tem como objetivo viabilizar a revitalização da Flona, elaborar o plano de manejo e realizar ações para integração da unidade com os municípios no entorno.
História da área
No ano de 1946 o Instituto Nacional do Pinho (INP) adquiriu áreas para formar quatro novos Parques Florestais na região sul do país, na região de ocorrência da Araucaria angustifolia. Em Irati foram adquiridos 1.936 ha criando o Parque Florestal Manoel Enrique da Silva. Na década de 1960, novas glebas foram incorporadas a esse parque, totalizando os atuais 3.495 ha. Consoante à orientação do INP, o reflorestamento com Araucaria angustifolia teve início no ano seguinte à aquisição da primeira gleba. Relatório do Instituto dá conta que até o final de 1949, 1,2 milhão de pinheiros já haviam sido plantados na área e estimava o plantio, para aquele ano, de mais meio milhão de mudas da espécie. Criado o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal em 1967, esse Parque Florestal foi incorporando ao novo órgão - juntamente com os demais (dez ao todo) implantados pelo INP. Em outubro de 1968 um mesmo ato legal enquadraria Irati e Açungui na categoria de unidade de conservação Floresta Nacional, categoria esta agora respaldada num artigo específico do Código Florestal editado em 1965.
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