A Câmara abriu espaço nesta semana, durante a sessão ordinária, para manifestação da ong Simbiose sobre o Passeio à Pedra Grande, tradicional atividade realizada no dia 1 de maio. Daniel Abicair, presidente da entidade, resumiu o trabalho da entidade desde 2005. A Simbiose faz o monitoramento do afloramento rochoso conhecido como Pedra Grande.
A caminhada ecológica de 1 de maio ocorre há mais de 70 anos e por isso é culturalmente relevante. Para a entidade, o passeio é "extremamente impactante para o ambiente natural e tem sido remodelado ao longo dos últimos anos". "O trabalho é dividido entre planejamento, fomento de parcerias com atores locais, educação ambiental e monitoramento realizado no dia do passeio e coleta de dados", explica Daniel.
O ambientalista mostrou imagens, identificando a área de tombamento da Pedra Grande, ação que já tem duas décadas. Também citou o Parque da Grota Funda. Depois, relacionou a criação das unidades de conservação pelo governo do Estado, delimitando área que será desapropriada como monumento natural de utilidade pública, e a área maior do Parque Estadual do Itapetinga, contígua às áreas dos Parques Estaduais da Cantareira e do Itaberaba, criando-se um corredor ambiental.
Quanto ao Passeio Ecológico à Pedra Grande, há uma atividade que a ong tem desenvolvido, o estacionamento para a Pedra Grande. "É um limite de acesso aos veículos, na parte superior da Pedra, com guard rails, preservando a vegetação (em pontos identificados como ilhas de solo, que têm espécies endêmicas) e mantendo a condição pública do espaço".
Fogueiras, barracas nas "ilhas de solo", vazamento de óleo, pichações nas grutas e uso de drogas têm sido perigos e incidentes observados na região da Pedra durante os passeios e os eventos de vôo livre. Foram cerca de 250 incêndios em cinco anos, contou Daniel. "É uma falta de educação ambiental. Já erramos bastante e já aprendemos bastante no enfrentamento desses aspectos, como mostram as imagens dos passeios desde 2005. O espírito do 1 de maio, que começou como um passeio dos trabalhadores da Cia. Têxtil, acompanhado de churrasco, e que virou um ´batismo de fogo` para os jovens, tem hoje uma forma diferente, como se viu nas imagens de 2009: algo mais estruturado e com a parceria das secretarias municipais, trabalhando com mais informação e respaldo aos visitantes, com dias e horários de fechamento. E aqui ressaltamos a importância da Câmara dentro desse contexto ambiental. Estamos nos aprimorando como política pública, não partidária, efetiva na cidade", ressaltou.
Em 2009, a Pedra recebeu a visita de 1.600 pessoas - 1.100 subindo pela trilha e 500 pela estrada. Neste ano, a estrada será fechada aos veículos até às 14h do dia 1, pelo Trânsito e Guarda Municipal. O apoio será do Corpo de Bombeiros (resgate), Conselho Tutelar (uso de álcool e drogas), Defesa Civil, Secretarias de Saúde, Infraestrutura, Comunicação, Desenvolvimento Econômico (fiscalização de eventual comércio ilegal), mais Polícia Militar no entorno e na subida, Fundação Florestal (responsável pelo decreto estadual da área de conservação) e Polícia Ambiental.
http://www.atibaianews.com.br/ver_not.php?id=11703&ed=Meio%20Ambiente&cat=Not%C3%ADcias
UC:Geral
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