O Parque Estadual do Espinilho, localizado no município de Barra do Quaraí, extremo sudoeste do Rio Grande do Sul, abriga uma formação vegetal de alta singularidade ecológica: a Savana Estépica Parque (VELOSO et al. 1991). Esta vegetação é homóloga a que ocupa as províncias de Corrientes e Entre Rios, na Argentina. Ocorre no Paraguai e no norte do Chile, porém no Brasil, existe somente no município de Barra do Quarai. O parque também abriga formações de Floresta Estacional Decidual Aluvial, também chamadas de Matas Ciliares. Estas constituem um sistema de grande diversidade biológica, servindo de corredores e refúgios para muitas espécies. Apesar disto, poucos estudos tem sido realizados neste ambiente, sobretudo no Rio Grande do Sul.
O Parque Estadual do Espinilho, apesar de ser considerado uma área prioritária à conservação, pela fragilidade e importância dos ecossistemas que abriga, encontra-se insularizado devido às intensas atividades de agricultura e pecuária, características da região onde se situa. Contudo, seu entorno apresenta, nas margens dos rios Uruguai e Quarai, Matas Ciliares relativamente preservadas e de grande porte, além de algumas pequenas áreas disjuntas de Savana Estépica.
Localizadas dentro de propriedades particulares, o Parque Estadual do Espinilho (30o11'S, 57o30'W) foi criado através do decreto n 23.798 em 12 de março de 1975, possuindo, na data de sua criação, 276 hectares), com uma área de 1.617,14 ha (apliado em 2002), localiza-se no município de Barra do Quarai, extremo sudoeste do Rio Grande do Sul, inserido na área de influência da microbacia do arroio Quarai-Chico, às margens do rio Uruguai, o parque dista 6 km de Barra do Quarai e 765 km de Porto Alegre, capital do Estado.
O clima da região é subtropical úmido, sem estiagem, com médias anuais de precipitação de 1300 mm e temperatura de 23,4oC, porém as temperaturas extremas podem ser negativas no inverno e passar de 35oC no verão. A área do parque apresenta dois tipos de fitofisionomia: Savana Estépica Parque (SE) e Mata Ciliar (MC). A Savana Estépica é composta por árvores afastadas umas das outras de forma homogênea, não havendo sobreposição de copas e permitindo o desenvolvimento de um tapete gramíneolenhoso. É formada principalmente por uma associação de três leguminosas arbóreas, espinhosas e caducifólias que raramente superam 5 m de altura: Prosopis affinis Spreng., Prosopis nigra (Griseb.) Hieron. e Acacia caven (Mol.) Mol. (MARCHIORI et al. 1985). A Mata Ciliar compõe-se principalmente por representantes das famílias Myrtaceae e Fabaceae.
Distribui-se ao longo do arroio Quarai-chico e, próximo à sua foz, onde é mais preservada, apresenta uma maior variedade florística (espécies arbóreas) do que a formação de SE. (GALVANI & BAPTISTA 2004).
O Parque Estadual do Espinilho foi criado em 1975. À época, o espaço tinha 276 hectares. A área foi amplicada em 2002 e ocupa agora 1.617.14 hectares abrigando uma formação vegetal singular: a savana estépica, além de formações de matas ciliares que servem de refúgio para várias espécies. O local apresenta diversos animais e plantas, muitos deles restritos à essa região, como é o caso do cardeal amarelo. O ecossistema não tem ocorrência em nenhuma outra área do Brasil. O parque mantém espécies endêmicas e vulneráveis. É um habitat signficativo para espécies migratórias.
Essa unidade de conservação abriga um trecho do Arroio Quaraí-Chico que desemboca no Rio Uruguai. No campo predominam três espécies de epinilho (árvore que empresta o nome ao parque e é típioca da região). Já os formigueiros gigantes, com formigas típicas do Pantanal, da espécie cortadeira "Atha wollenweideri" podem ser ali observados. Além de pássaros, quem visitar o parque poderá se debarar com gato-do-mato, gato-palheiro, pumas, jacarés, veado campeiro, veado mateiro, lobos-guará e emas.
http://barradoquarai.net/ambiente/espinilhoreserva.html
UC:Parque
Unidades de Conservação relacionadas
- UC Espinilho
As notícias publicadas neste site são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.