Castanheiros conseguiram reverter prejuízos

OESP, Vida, p. A16 - 08/03/2010
Castanheiros conseguiram reverter prejuízos

A coleta de castanhas é uma das poucas atividades econômicas permitidas na Reserva Extrativista do Rio Cajari, uma área de 485 mil hectares de floresta amazônica no Amapá. É de lá que vem parte da produção da Cooperativa Mista Extrativista Vegetal dos Agricultores de Laranjal do Jari (Comaja), uma das associações de produtores mais organizadas da região. No ano passado, eles sentiram na pele as oscilações no preço da castanha.

"Muitos produtores estavam deixando de ir a campo para extrair a castanha. Preferiam fazer roça", conta Eliseu Cardoso, presidente da Comaja, que existe há 24 anos e reúne cerca de 400 extrativistas. Após seis meses reunindo a documentação necessária, parte dos associados à cooperativa conseguiu ter acesso às subvenções do programa de preço mínimo para produtos florestais do governo federal.

"Isso foi muito importante para o extrativista, possibilitou às famílias ter sua renda para continuar na atividade", diz Cardoso. O ano passado foi difícil para os produtores de castanha, que tiveram várias encomendas canceladas por causa da crise internacional. "Só conseguimos nos reerguer no fim de 2009, quando os clientes voltaram a fazer pedidos e o governo pagou as subvenções", diz.

Do total, 102 produtores receberam entre R$ 800 e R$ 1.540 em subsídios, conforme o volume de vendas. Segundo Cardoso, outro benefício do programa foi ajudar a manter em funcionamento a fábrica de beneficiamento de castanhas que a cooperativa mantém no município de Laranjal do Jari (AP) e que emprega 160 funcionários - a maioria mulheres.

OESP, 08/03/2010, Vida, p. A16
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