Encontro discute a criação de unidades de conservação na região de Abrolhos

ICMBio - www.icmbio.gov.br - 29/11/2010
O Instituto Chico Mendes e a ONG Conservação Internacional (CI) promovem nesta segunda (29) e terça (30) reunião na sede do Parque Nacional Marinho de Abrolhos, no litoral da Bahia, para discutir a criação de unidades de conservação na região em torno do banco de corais.

No encontro, serão apresentados os estudos que já vem sendo feitos pelas duas instituições sobre a definição dos limites das novas unidades, os diferentes usos da área, a exemplo das atividades de pesca e turismo, e os locais mais importantes para conservação.

Assim que as informações sobre a biodiversidade forem sistematizadas, serão desenhados possíveis cenários de conservação, com a conseqüente seleção das áreas mais adequadas que melhorem a relação custo/benefício para ampliação da atual rede de áreas protegidas no Banco dos Abrolhos.

O trabalho está sendo feito com base em metodologias de planejamento sistemático da conservação desenvolvidas pela Universidade de Queensland, na Austrália, que já realizou exercícios similares na definição da rede de áreas protegidas para a Grande Barreira de Corais.

O projeto começou no final de 2009 a partir de um plano de trabalho definido entre ICMBio e a Conservação Internacional, no âmbito do acordo de cooperação técnica entre as duas instituições. Após isso, foram dispendidos esforços para compilar as informações consideradas úteis ao projeto e realizados os testes necessários para a aplicação do método.

Diversas instituições que desenvolveram pesquisas no banco de corais contribuíram com o levantamento das informações, como o projeto "Produtividade, Sustentabilidade e Utilização do Ecossistema do Banco de Abrolhos - Pro-Abrolhos", que reúne 11 instituições de pesquisa de todo o país e é coordenado pelo Instituto Oceanográfico (IO) da USP.

Outro importante colaborador foi o programa de Ciência para o Manejo de Áreas Marinhas Protegidas (Marine Management Areas Science - MMAS), coordenado pela própria Conservação Internacional. Dentro do Instituto Chico Mendes os estudos estão sendo coordenados pelo analista ambiental e oceanógrafo da Coordenação de Criação de Unidades de Conservação, Rafael Magris.

Os recifes de coral do Banco dos Abrolhos são a formação coralínea mais importante do Atlântico Sul e distribuem-se em um dos maiores alargamentos da plataforma continental brasileira totalizando uma área de aproximadamente 56 mil km2.

Juntos, eles formam estruturas significativamente diferentes de quaisquer modelos de recifes de coral do mundo, sendo portanto ecossistemas ecologicamente únicos, além de economicamente valiosos para a pesca e o ecoturismo.

Além disso, o Banco dos Abrolhos tem papel crucial na manutenção dos processos biológicos evolutivos, ao abrigar aproximadamente 45 espécies consideradas ameaçadas de extinção pela União Mundial para Conservação da Natureza (IUCN) e pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA).


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