Funcionários terceirizados do Parque Nacional da Tijuca paralisam atividades

O Globo, Rio, p. 9 - 23/11/2015
Funcionários terceirizados do Parque Nacional da Tijuca paralisam atividades
Grevistas, incluindo monitores de trilhas e recepcionistas, estão com salário atrasado

Cerca de 40 funcionários da empresa Mega Serviços que trabalham no Parque Nacional da Tijuca estão em greve desde sexta-feira, quando chegaram a fechar os acessos à área de conservação por quase seis horas. Monitores de trilhas, recepcionistas, operadores de rádio, motoristas e empregados das áreas de comunicação, protocolo e manutenção predial alegam que ainda não receberam o salário de novembro. Situação que, durante o fim de semana, eles expuseram num protesto, feito com cartazes, na entrada principal do parque.
- Já estou sem telefone, internet e, agora, posso ficar sem luz. Ganho R$ 1.811 e moro com mulher, três filhos e meu pai. Não dá para ficar sem o dinheiro - contou o pedreiro Alexandre Medeiros Duarte, que trabalha há quatro anos no parque.
FALTA DE REPASSES FEDERAIS Segundo a Mega Serviços, o pagamento de seus funcionários não foi feito porque a empresa está sem receber repasses do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), do governo federal.
- Estamos pagando nossos funcionários mesmo sem receber do ICMBio há dois meses. Pressionamos, e o instituto se comprometeu a quitar as faturas de agosto e setembro. Até agora, só pagou a primeira. Este mês, a situação ficou insustentável. Temos R$ 590 mil para receber - disse o advogado da Mega Serviços, Maurílio Ramos de Sá.
O advogado destacou ainda que, em janeiro, os funcionários receberam o aumento relativo ao dissídio deste ano. Mas essa diferença não teria sido repassada pelo ICMBio.
- Eles vão receber o salário esta semana. É um compromisso nosso - prometeu Maurílio.
O presidente do ICMbio, Cláudio Maretti, reconheceu que "uma vez ou outra, ocorre atraso no repasse", mas disse que a responsabilidade de pagar os funcionários é da empresa.
- Não nego, mas há esses riscos quando se participa de uma licitação. Atrasos podem ocorrer - afirmou Maretti. - Espero que todos sejam responsáveis e voltem ao trabalho.
Para suprir a falta de pessoal, empregados da Global Service, que trabalham no Trem do Corcovado, foram deslocados para o Parque da Tijuca. Hoje, uma assembleia decidirá o rumo da paralisação.



O Globo, 23/11/2015, Rio, p. 9

http://oglobo.globo.com/rio/funcionarios-terceirizados-do-parque-da-tijuca-paralisam-as-atividades-18113484
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