Golfinhos dão adeus às Ilhas Cagarras

O Globo, Rio, p. 19 - 22/01/2012
Golfinhos dão adeus às Ilhas Cagarras
ONG que monitora mamíferos diz que nenhum apareceu por lá no ano passado

Enquanto as praias estão repletas de turistas, o mar carioca parece já não estar mais tão convidativo para um ilustre visitante: o golfinho flipper. Esses mamíferos, que costumavam buscar refúgio nas Ilhas Cagarras, vêm sendo monitorados desde 2004 pela ONG Ilhas do Rio. Naquele ano, o arquipélago foi visitado por grupos com, em média, 20 indivíduos. No entanto, esse número apresentou queda ano a ano, até que nenhum golfinho apareceu por lá em 2011.
A bióloga Liliane Lodi considera o panorama preocupante. Segundo ela, muitas podem ser as causas do sumiço, inclusive poluição crescente e diminuição do número de peixes na área:
- Esses animais são extremamente inteligentes e não vão ficar num lugar sujo e sem comida. Até porque eles precisam ingerir diariamente o correspondente a 5% do seu peso corporal, que é em média de 300 kg. Em outubro, a água estava muito suja no arquipélago.
Há ainda a possibilidade de os golfinhos terem sumido por causa do turismo desordenado nas ilhas, do aumento no tráfego de barcos (eles têm a audição bastante delicada), das temperaturas mais baixas devido ao fenômeno La Niña ou pelo somatório de todos esses fatores.
Nos dias 4 e 5 de fevereiro, a ONG realizará o Clean Up nas Ilhas, um mutirão para retirar o lixo terrestre e submarino do arquipélago. No Centro de Visitantes da colônia Z-13, no Posto Seis, em Copacabana, haverá uma exposição de fotos, além de palestras de conscientização no domingo, às 18h.

O Globo, 22/01/2012, Rio, p. 19
UC:Monumento Natural

Unidades de Conservação relacionadas

  • UC Ilhas Cagarras
  •  

    As notícias publicadas neste site são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.