Ibama fecha três areais irregulares na Baixada

Ibama fecha três areais irregulares na Baixada
Extração ilegal de areia era feita nas imediações da Reserva Biológica de Tinguá

Três areais clandestinos foram fechados ontem, no entorno da Reserva Biológica do Tinguá, em Nova Iguaçu, durante uma blitz coordenada pelo Ibama com a participação da Secretaria estadual do Ambiente, da Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (Feema), das polícias Civil e Militar, do Batalhão Florestal e da prefeitura de Nova Iguaçu.

Segundo o Ibama, a ação começou a ser preparada em 23 de fevereiro, quando técnicos do órgão sobrevoaram o entorno da Reserva do Tinguá e detectaram indícios de extração ilegal de areia. Ainda de acordo com o Ibama, durante a blitz - que contou com a participação de cerca de 45 pessoas - ficou constatado que nenhum dos areais tinha qualquer tipo licença ambiental para exercer a atividade.

De início, o Ibama aplicou duas multas, uma de R$ 23 mil e outra de R$ 7 mil, por crimes ao meio ambiente. Foram apreendidos três motores usados na extração de areia e um caminhão. O superintendente do Ibama no Rio, Rogério Rocco, disse que enviará ofício ao Ministério Público pedindo a responsabilização criminal dos donos dos terrenos.

O secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, que também participou da operação, afirmou que a extração ilegal de areia afeta não só a cobertura vegetal, mas também o solo e os rios da região. Minc disse ainda que, dos seis areais vistoriados, nenhum cumpria o Programa de Recuperação de Áreas Degradadas (Prad).

- Quando um areal recebe licença da Feema, ele é obrigado a cumprir um Prad, para não deixar a área completamente destruída. A Feema só renova a licença se o Prad tiver sido cumprido. Então acabou a moleza.
Não tem Prad, não terá a licença renovada. E os donos ainda vão ser autuados por crime ambiental - afirmou o secretário.

O Globo, 10/03/2007, Rio, p. 27

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