MMX: Porto flutuante

O ECO - 14/03/2008
Na última terça-feira, representantes da empresa MMX Mineração e Metálicos S.A. se reuniram com as autoridades ambientais e a comunidade da Reserva Extrativista Mãe Grande, no município de Curuçá, situada no nordeste do Pará. Em pauta, a apresentação do projeto de uma estação flutuante na ponta da ilha de Tijoca. O objetivo é que o local sirva de transbordo para o minério de ferro extraído no Amapá pela firma e que seria trazido através das águas interiores entre Santana (AP) e a zona do salgado paraense.

Manguezais em perigo
O Ministério Público Federal, no entanto, não gostou muito da iniciativa e decidiu abrir Procedimento Administrativo para acompanhar o andamento do projeto. A área escolhida pela MMX para colocar a estação fica dentro dos limites da Resex Mãe Grande, que possui 37 mil hectares e quatro mil usuários cadastrados. O local ainda conta com uma importante barreira de manguezais, considerada uma das mais importantes e complexas existentes em todo o mundo. Além disso, é berçário de diversas espécies com potencial econômico atrativo, como a pescada amarela

Oposição
De acordo com a MMX, o espaço foi escolhido pelo seu canal natural de mais de 25 metros de profundidade. Trata-se da área perfeita para fundear um navio plataforma com três guindastes seguros por bóias. Mas a tarefa da empresa não deve ser fácil. O MP já recolheu mais de quatro mil assinaturas de moradores da comunidade preocupados com o projeto, além de relatórios de ambientalistas que citam a importância biológica da região.
UC:Reserva Extrativista

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