Estado do Amapá discute cooperação com o Sistema de Proteção da Amazônia

Agência Amapá - http://www.agenciaamapa.com.br - 04/11/2011
O secretário de Meio Ambiente do Amapá (Sema), Grayton Toledo, e o diretor de Produtos do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), Fernando Campagnoli, reuniram-se em Brasília, na última semana, para discutir questões referentes a um Termo de Cooperação entre os órgãos.

O mapeamento cartográfico do Estado, a implantação de antenas VSAT em localidades isoladas e a capacitação de servidores em geoprocessamento e sensoriamento remoto são os principais pontos do convênio.

Segundo Toledo, os dados cartográficos e imagens disponíveis da área territorial do Amapá são incompletos e não estão atualizados.

"A falta de informações precisas neste campo dificulta, por exemplo, a regularização fundiária e divisão de loteamentos; transmissão de energia e abastecimento de água; a demarcação e monitoramento de áreas indígenas e de proteção ambiental; além do planejamento do crescimento e reordenamento urbano", explica o secretário.

Radar

Um dos obstáculos para a realização de um mapeamento completo da região, por meio de aeronave da FAB equipada com câmara digital, como a DS80, que baratearia os custos da operação, é a permanente cobertura de nuvens na região, um fator climático intransponível.

Como alternativa, o diretor do Sipam sugeriu que o Exército realize este trabalho por radar, embora os custos se elevem e a perspectiva de conclusão seja a médio e longo prazo. De acordo com ele, há uma nova rubrica no Plano Plurianual (PPA) que poderá amparar situações desta natureza.

O desenvolvimento de uma Base Cartográfica é também uma necessidade do Estado e sua execução já está no planejamento da Sema. Neste sentido, Campagnoli colocou à disposição da Secretaria a aquisição das imagens do Estado do Amapá disponíveis no banco de dados do Sipam.

Além disso, outro resultado da parceria que começou a ser desenhada neste encontro é a realização de um curso de qualificação de servidores estaduais e municipais em geoprocessamento e sensoriamento remoto por técnicos do Sipam.

VSAT

Durante a reunião, Grayton Toledo argumentou sobre necessidade de comunicação em áreas isoladas e de difícil acesso no Estado, como a Reserva Extrativista Sustentável do Rio Iratapuru, localizada na região de Laranjal do Jari, Sul do Amapá, e na Reserva Biológica do Parazinho, situada na foz do rio Amazonas.

Segundo Toledo, o monitoramento dessas reservas é extremamente complicado sem um sistema de comunicação e solicitou a instalação de antenas VSAT (Very Small Aperture Terminal) nessas localidades.

Para Fernando Campagnoli, esta demanda enquadra-se perfeitamente nas diretivas do Sipam, tendo em vista que, em 2010, o órgão adquiriu um lote desses equipamentos com o objetivo de revitalizar todo seu parque de comunicação, que atende centenas de localidades remotas e isoladas da Amazônia Legal brasileira.

Segundo ele, basta concluir o trâmite legal desta solicitação que as antenas poderão ser imediatamente instaladas nas reservas.

"Estamos aqui para atendê-los", reafirmou Campagnoli.

O sistema VSAT já é largamente empregado em várias partes do mundo desde a década de 90, quando surgiu, e consolidou-se como mais uma tecnologia para o uso das comunicações. Ele é utilizado frequentemente em regiões remotas, onde a infraestrutura local (cabos metálicos, enlaces de microondas ou fibra ótica) é pouco desenvolvida.

"A parceria Sipam-Sema será fudamental para dinamizar os trabalhos tanto para criação da base cartográfica oficial do Amapá quanto para integração das unidades de conservação RDS do Iratapuru e Rbio do Parazinho, assim como das bases regionais do Oiapoque e de Laranjal do Jari à sede da Sema , em Macapá. Estas ações são, indubitavelmente, de grande importância para o nosso Estado!", conclui Toledo.




http://www.agenciaamapa.com.br/noticia/26766/
Sensoriamento Remoto:Amazônia

Unidades de Conservação relacionadas

  • UC Parazinho
  • UC Rio Iratapuru
  •  

    As notícias publicadas neste site são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.