A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) iniciou segunda-feira (13), pelo município de Santarém, no oeste do Pará, a aplicação do Sistema de Indicadores Socioambientais para Unidades de Conservação (Sisuc). O uso da nova ferramenta está sendo feito nos conselhos gestores das Florestas Estaduais (Flotas) de Faro, Paru e Trombetas. Os resultados obtidos servirão de base para as ações que serão desenvolvidas para garantir melhorias, nos próximos anos, nas 21 unidades de conservação estaduais no Pará gerenciadas pela Sema.
Na fase anterior, o grupo de consultores Natureza Sociedade e Conservação (NSC) ministrou 48 horas de treinamento para capacitação teórica e prática dos gestores das unidades de conservação e técnicos de instituições parceiras no uso do Sisuc, no início de maio, em Belém. A equipe capacitada está em Santarém no trabalho piloto.
A partir do uso do Sisuc, será possível fazer uma avaliação socioambiental da unidade de conservação, com resultados imediatos, possibilitando a elaboração de um plano e o monitoramento do desempenho das ações estabelecidas. "A ferramenta possibilitará uma gradativa substituição de uma pauta de manejo remediativa e emergencial por uma pauta mais estratégica e objetiva nas unidades", explica Carlos Eduardo Marinelli, consultor da NSC.
Entre os objetivos do Sisuc, está o fortalecimento da atuação dos conselhos gestores, ampliação do controle socioambiental dentro das unidades de conservação e a gestão participativa. Abordagens socioculturais, de gestão, economia e meio ambiente são temas necessários para a gestão socioambiental das unidades, que serão aplicados em questionários entre os conselheiros das unidades, para que seja traçado o perfil de cada uma delas.
O coordenador de políticas ambientais da organização não governamental (ONG) Conservação Internacional, César Haag, considera que a aplicação da ferramenta é importante para a comunidade envolvida nas unidades de conservação, gerando benefícios. "A ferramenta permite mensurar e dar uma visão geral da unidade, direcionando as ações e ajuda os conselhos sobre temas importantes e procedimentos de acompanhamento da gestão, amadurecendo o colegiado frente a atualização participativa", avalia.
Segundo o gerente das Flotas da Calha Norte, Joanísio Mesquita, o Sisuc é a oportunidade de ter o conselheiro como protagonista no planejamento das ações dentro da unidade de conservação. "Com a ferramenta, o conselheiro sai da figura de espectador e passa a orientar a gestão a partir da demanda apontada por ele, oferecendo aos conselhos o monitoramento das ações do gestor, fazendo com que eles percebam um fluxo continuado das ações realizadas", diz.
http://www.agenciapara.com.br/noticia.asp?id_ver=126081
UC:Geral
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