Aves migratórias atraem turistas e estudiosos ao RS

Ministério do Turismo - http://www.turismo.gov.br - 12/11/2014
Entre julho a novembro, flamingos, cisnes, garças, maçaricos e outras 270 espécies de aves pousam na Lagoa do Peixe, no Rio Grande do Sul, após viajar, em alguns casos, até 8 mil quilômetros. Vindas do Canadá, dos Estados Unidos, do Chile e da Argentina, elas chegam em busca de abrigo e alimentos.

Na cidade gaúcha de Mostardas, que fica a pouco mais de 200 quilômetros de Porto Alegre e nas proximidades da lagoa, acontece o Festival Brasileiro de Aves Migratórias, evento que atrai turistas, cientistas e educadores ambientais, e que acontece de 13 a 16 de novembro. Todos eles interessados em observar o hábito e a beleza dessas aves. Também o município vizinho de Tavares recebe estes turistas.

A Lagoa do Peixe, está localizada entre a Lagoa dos Patos, a maior laguna da América do Sul e o Oceâno Atlântico, e é um ambiente natural perfeito para as aves e fica dentro do Parque Nacional da Lagoa do Peixe. O Ministério do Turismo estimula o desenvolvimento de parques nacionais. O objetivo é aumentar o número de turistas e dar mais visibilidade a um dos principais atrativos do país. Entre 2006 e 2013, o número de visitantes passou de 1,9 milhão para 6 milhões, de acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

A demanda deve crescer ainda mais com os investimentos dos ministérios do Turismo e Meio Ambiente em infraestrutura e acesso. "Uma das nossas prioridades é dotar estes parques de infraestrutura para receber turistas que apreciam o contato com a natureza e toda a biodiversidade do país", diz o Ministro do Turismo, Vinicius Lages.

A Unidade de Conservação do parque da Lagoa do Peixe é administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), embora haja pouca infraestrutura para receber visitantes. Entre os passeios preferidos dos turistas está a caminhada pela orla do mar ou da lagoa para observação da vida silvestre, nas proximidades do parque, onde podem ser encontrados vestígios de diversos naufrágios e faróis. Destacam-se ainda o Farol de Mostardas e o Farol da Solidão na orla do Atlântico, e o Farol Cristóvão Pereira e o Farol Capão da Marca, às margens da Lagoa dos Patos.

Minicursos, seminário técnico-científico, palestras, exposições e oficinas são oferecidos durante o evento do fim de semana. A programação cultural inclui feira de artesanato, apresentações artísticas e culturais, além de shows. "Conseguimos agregar turismo, ciência e educação. Voltado para a divulgação e conservação das aves migratórias, temos congregado um público diversificado que vai do turismo rural ao especializado em observação de aves, passando por profissionais e acadêmicos da área de Ciências", explicou Hellen José Florez Rocha, chefe da UC.

O Parque Nacional da Lagoa do Peixe foi criado em 1986 para proteger espécies de aves migratórias e as amostras dos ecossistemas litorâneos do Rio Grande do Sul. Em 1993, a Unidade de Conservação foi reconhecida como Sítio Ramsar, e em 1999, como Posto Avançado da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica.

A observação de aves é um tipo de turismo comum na América do Norte e Europa. No Brasil, a modalidade ainda está se desenvolvendo, apesar da grande quantidade de fauna disponível em território nacional. Não existem estatísticas oficiais sobre o país, mas o WikiAves - site de conteúdo interativo direcionado à comunidade brasileira de observadores de aves - tem 17.452 usuários cadastrados, dos quais muitos são praticantes dessa atividade. A maioria deles está concentrada em seis estados: São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.



http://www.turismo.gov.br/turismo/noticias/todas_noticias/20141112_2.html
Turismo Ambiental

Unidades de Conservação relacionadas

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