O Conselho Consultivo do Mosaico da Amazônia Meridional (CCMAM), um dos mosaicos de Unidades de Conservação da Amazônia que recebem suporte técnico e financeiro do WWF-Brasil, elegeu uma nova diretoria em sua sétima reunião ordinária, ocorrida em novembro na cidade de Porto Velho (RO).
Além da realização das eleições, os conselheiros também trocaram informações sobre uma série de problemas que vem ameaçando os trabalhos de conservação existentes na área situada entre os estados do Amazonas, Rondônia e Mato Grosso.
Os conselheiros decidiram ainda promover, em 2015, um evento em Brasília (DF) sobre a "gestão de grandes áreas de conservação" e discutiram como integrar aquele bloco de Unidades de Conservação com as áreas indígenas da Amazônia Meridional.
Novos diretores
A partir do ano que vem, a diretoria-executiva do Mosaico da Amazônia Meridional será composta pela diretora-presidente Lourdes Iarema, eleita como representante do Parque Nacional do Juruena; e o vice-presidente será Izac Theobald, gestor do Mosaico do Apuí e representante do Centro Estadual de Unidades de Conservação do Amazonas (Ceuc-SDS/AM). Como secretários, foram eleitos Alberto Noronha, da organização não governamental Instituto Pacto Amazônico; e Patrícia Ferreira Dias, representante da Reserva Biológica (Rebio) do Jaru.
Os conselheiros também assinaram quatro cartas, que serão remetidas a diversos órgãos, e que tratam de vários temas relacionados à conservação na fronteira entre os três estados amazônicos.
Duas delas são manifestações de repúdio à tentativa de recategorizar Unidades de Conservação: em Rondônia, uma ideia presente no meio político daquele estado quer transformar cinco florestas estaduais em Áreas de Preservação Ambiental (APA's), diminuindo o grau de proteção nessas áreas. No Mato Grosso, tramita na Assembleia Legislativa o projeto de lei 149/2014, que visa converter uma Reserva Extrativista (Resex) em Estação Ecológica - e esta medida vai forçar o deslocamento forçado da única comunidade extrativista legalmente protegida do Mato Grosso.
Temas importantes
Outra das cartas diz respeito a um pedido de esclarecimentos, para o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), sobre a possibilidade de se realizar atividades de turismo comunitário no Parque Nacional do Juruena; e outra cobra do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) informações sobre a suposta titulação de áreas particulares dentro de áreas protegidas, no Mosaico do Apuí, no Sul do Amazonas.
O atual presidente do CCMAM, Izac Theobald, considerou que esta foi uma das reuniões "mais produtivas" realizadas pelos conselheiros. "Acho que foi uma das reuniões mais proveitosas que tivemos. Conseguimos promover discussões interessantes, avançamos em alguns temas que estavam pendentes de reuniões passadas e conseguimos nos articular em torno de temas importantes para nós", afirmou o gestor.
Partilhando recursos
O Mosaico da Amazônia Meridional (MAM) é um conjunto formado por 40 de Unidades de Conservação, federais e estaduais, que somam 7,3 milhões de hectares e estão localizadas entre os estados do Amazonas, Mato Grosso e Rondônia.
Por meio deste mosaico, os gerentes das unidades de conservação e entes públicos como secretarias estaduais de Meio Ambiente, em conjunto com o governo federal, partilham recursos e realizam planejamentos em conjunto. Deste modo, é mais fácil e produtivo monitorar e defender os recursos naturais daquela região.
A próxima reunião do Conselho Consultivo está marcada para abril de 2015.
http://www.wwf.org.br/informacoes/noticias_meio_ambiente_e_natureza/?42722
UC:Geral
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