Parque Nacional do Juruena

Área 1.957.000,00ha.
Document area Decreto - s/n - 05/06/2006
Jurisdição Legal Amazônia Legal
Ano de criação 2006
Grupo Proteção Integral
Instância responsável Federal
Mosaicos Amazônia Meridional

Mapa

Municípios

Município(s) no(s) qual(is) incide a Unidade de Conservação e algumas de suas características

Municípios - PARNA do Juruena

# UF Município População (IBGE 2018) População não urbana (IBGE 2010) População urbana (IBGE 2010) Área do Município (ha) (IBGE 2017) Área da UC no município (ha) Área da UC no município (%)
1 AM Apuí 21.583 7.412 10.595 5.424.515,30 634.227,92
32,32 %
2 AM Maués 62.755 26.405 25.831 3.999.106,70 150.452,00
7,67 %
3 MT Apiacás 9.979 2.190 6.377 2.048.846,90 987.316,97
50,31 %
4 MT Cotriguaçu 19.254 9.851 5.132 942.107,60 127.735,04
6,51 %
5 MT Nova Bandeirantes 14.909 7.581 4.062 959.326,80 62.632,48
3,19 %

Ambiente

Fitofisionomia

Fitofisionomia (cursos d'água excluídos) % na UC
Contato Savana-Floresta Estacional 12,58
Contato Savana-Floresta Ombrófila 16,89
Floresta Ombrófila Aberta 51,10
Floresta Ombrófila Densa 19,43

Bacias Hidrográficas

Bacia Hidrográfica % na UC
Madeira 29,69
Tapajos 70,31

Biomas

Bioma % na UC
Amazônia 100,00

Gestão

  • Órgão Gestor: (ICMBIO) Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
  • Tipo de Conselho: Consultivo
  • Ano de criação : 2011

Documentos Jurídicos

Documentos Jurídicos - PARNA do Juruena

Tipo de documento Número Ação do documento Data do documento Data de Publicação Observação Download
Portaria 45 Conselho 30/06/2011 01/07/2011 Cria o Conselho Consultivo do Parque Nacional do Juruena - AM/MT  
Portaria 44 Instrumento de gestão - plano de manejo 30/06/2011 01/07/2011 Aprovar o Plano de Manejo do Parque Nacional do Juruena-AM/MT. A Zona de Amortecimento constante neste Plano de Manejo é uma proposta de zoneamento para o entorno da UC, que será estabelecida posteriormente por instrumento jurídico específico.  
Portaria 2 Conselho 22/03/2016 23/03/2016 Modifica a composição do Conselho Consultivo do Parque Nacional do Juruena no estado de Mato Grosso e Amazonas (Processo no 02088.000004/2016-76)  
Decreto s/n Criação 05/06/2006 06/06/2006 O Presidente da República cria o Parque Nacional do Juruena, nos Estados de Mato Grosso e Amazonas, com o objetivo de proteger a diversidade biológica da região do baixo Juruena - Teles Pires e alto Tapajós, suas paisagens naturais e valores abióticos associados. Possui uma área total aproximada de 1.957.000 hectares. Art. 1o. § 1o As ilhas existentes ao longo do Rio Teles Pires, no trecho entre os pontos 1 e 2 do memorial acima descrito, integram os limites do Parque Nacional do Juruena. § 2o O subsolo integra os limites do Parque Nacional do Juruena. § 3o A parcela da Floresta Nacional do Jatuarana, criada pelo Decreto de 19 de setembro de 2002, situada a leste da linha definida pelos pontos 169 a 175 do memorial, constante do caput deste artigo, passa a integrar o Parque Nacional do Juruena.  
Portaria 393 Instrumento de gestão - acordo de gestão 21/08/2013 22/08/2013 Delega competência a servidora SIMONE NOGUEIRA DOS SANTOS, matrícula SIAPE no 1513397, Coordenadora Regional 01/Porto Velho/RO, para, obedecidas as formalidades legais e assistida pela Procuradoria Federal Especializada do ICMBio e pela Coordenação Geral de Gestão Socioambiental da Diretoria de Ações Socioambientais e Consolidação Territorial em Unidades de Conservação - DISAT/ICMBio, assinar Termos de Compromisso com os representantes das famílias da Comunidade Barra de São Manoel, localizada no Parque Nacional do Juruena, visando disciplinar o uso dos recursos naturais na Unidade de Conservação. -

Documentos de gestão - PARNA do Juruena

Tipo de plano Ano de aprovação Fase Observação
Plano de manejo 2011 Aprovado Ver situação jurídica.

Sobreposições

Conheça as sobreposições entre a Unidade de Conservação com outras Áreas Protegidas.

Área Protegida Área sobreposta à UC (ha) Porcentagem da sobreposição
PES Igarapés do Juruena 117.226,00 ha 5,97%
RESEC Apiacás 109.497,00 ha 5,58%
TI Apiaká do Pontal e Isolados 976.698,00 ha 49,77%

Não há informações no mapa sobre UCs sobrepostas que não se enquadram no SNUC (Sistema Nacional de Unidade de Conservação).

Principais Ameaças

Desmatamento na Amazônia Legal

Este tema apresenta a análise dos dados de desmatamento produzidos pelo Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes), que mapeia somente áreas florestadas da Amazônia Legal. Os dados do Prodes não incluem as áreas de cerrado que ocorrem em muitas Unidades de Conservação no bioma Amazônia.

Focos de calor

Área de abrangência do ponto: um foco indica a possibilidade de fogo em um elemento de resolução da imagem (pixel), que varia de 1 km x 1 km até 5 km x 4 km. Neste pixel pode haver uma ou várias queimadas distintas, mas a indicação será de um único foco. Se uma queimada for muito extensa, será detectada em alguns pixeis vizinhos, ou seja, vários focos estarão associados a uma única grande queimada.

Total identificado de desmatamento acumulado até 2000: 2988 hectares
Total identificado de desmatamento acumulado até 2022: 10711 hectares

Características

A região Norte de Mato Grosso e Sudeste do Amazonas se caracteriza por sua grande riqueza de biodiversidade, e foi considerada prioritária desde as primeiras propostas de conservação em larga escala para a Amazônia, em particular no projeto Parques e Reservas do Programa-Piloto para Proteção das Florestas Tropicais Brasileiras PPG7 (1997). Pertence a um dos cinco corredores da Amazônia desenhados no projeto Corredores Ecológicos do Ministério do Meio Ambiente, com o nome de Corredor dos Ecótones Sul Amazônicos, que se estende desde o Estado de Rondônia até o Estado do Tocantins.
O Parque integra o mosaico formado pelas Áreas Protegidas que formam o Corredor Ecológico dos Ecótones Sul Amazônicos.
A porção mato-grossense, com aproximadamente 1,27 milhão de hectares, engloba a área do Pontal de Apiacás, entre os rios Teles Pires e Juruena, incluindo a Reserva Ecológica Apiacás, e ainda o Parque Estadual Igarapés do Juruena, confrontando a leste com as Terras Indígenas Kayabi e Munduruku, e a oeste com o Mosaico do Sul do Amazonas. A porção amazonense, com aproximadamente 0,6 milhão de hectares, corresponde à área da proposta inicial que não foi abrangida pelo Mosaico de UCs estaduais, situada na margem esquerda do rio Tapajós, ao sul da rodovia Transamazônica. Seu decreto de criação incluíu parte da FLONA de Jatuarana, emendando com o PE Sucunduri. A criação deste mosaico de unidades de conservação no Sul do Estado é uma das ações de ordenamento territorial mais efetivas já tomadas durante os últimos anos para conter a expansão desenfreada e irracional da fronteira do desmatamento na Amazônia. O desafio para os próximos anos é orientar e apoiar a população rural na adoção de atividades econômicas mais vantajosas, baseadas no uso sustentável da floresta. Além disso, o mosaico permite resgatar o compromisso assumido pelo Brasil, junto à comunidade internacional, em ampliar a rede de áreas protegidas para conter a perda da diversidade biológica, criando uma importante barreira à expansão da frente de desmatamento e degradação ambiental.
Importância para a conservação:
Em função da alta biodiversidade e elevado risco de intensificação da pressão antrópica, essa área foi classificada como de extrema importância para a conservação da biodiversidade pelo PROBIO/ Seminário de Macapá. A paisagem da região não é composta por uma cobertura homogênea de floresta densa, mas por contatos entre cerrados, florestas secas e florestas úmidas. Essa característica contribui sobremaneira para a riqueza e diversidade biológica da área. Ao mesmo tempo, essa paisagem típica da área de transição entre os biomas Cerrado e Floresta Amazônica é precisamente aquela que está sendo posta sob maior pressão de desmatamento pelo avanço da fronteira agrícola, especialmente no norte do Estado de Mato Grosso. De acordo com informações divulgadas pelo Ibama na internet, a importância biológica da área é identificada como extrema para a proteção de mamíferos, devido à alta diversidade de espécies em geral e grande importância para primatas (17 espécies de macacos, pertencentes a 10 gêneros diferentes) e espécies ameaçadas, endêmicas e raras. Para aves, a importância é identificada como muito alta, enquanto para peixes e outros grupos da biota aquática é mapeada como de importância extrema, pois protege rios que drenam o planalto cristalino (Escudo Brasileiro) com corredeiras e cachoeiras, um dos tipos de ambientes chave que abrigam espécies endêmicas e sustentam uma grande biomassa de peixes. Esta mesma importância biológica extrema é reconhecida para os répteis e anfíbios.
Situação fundiária e pressões:
A indicação de predominância de áreas privadas indica a necessidade de averiguar a validade da titulação das terras e definir o mecanismo de indenização. Existem ameaças concretas de avanço no desmatamento e ocupação no curto prazo.
(Fonte: Proposta de Criação do Parque Nacional Juruena - Análises e Considerações / WWF-Brasil Programa de Áreas Protegidas e Apoio ao ARPA - Cuiabá/MT, Janeiro de 2006, com alterações ISA 2008).

O Parque Nacional tem como objetivo básico a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, como as cachoeiras do rio Juruena (Salto Augusto, São Simão), possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico. Também são objetivos do Parque Nacional do Juruena proteger a diversidade biológica da região do baixo Juruena - Teles Pires e alto Tapajós, suas paisagens naturais e valores abióticos associados.
Vegetação: A região norte de Mato Grosso e sul do Amazonas se caracteriza por ser uma área de transição entre as florestas úmidas do bioma Amazônico e as formações xeromórficas do bioma Cerrado. Conforme o mapeamento feito pelo SIPAM, o Parque Nacional do Juruena possui 22.771 ha de água e 1.934.229 ha com diferentes fitofisionomias, sendo 53.40% incluídos no domínio da Floresta Ombrófila (Densa e Aberta), 36.35% são áreas de contato e encraves destas com outras formações. As demais formações, como Savana (Arborizada e Parque) e Floresta Estacional Semidecidual e as Áreas Antropizadas ocorrem em menor proporção. Apesar das controvérsias, observou-se que as formações não florestais encontradas no Parque Nacional do Juruena assemelham-se à descrição feita para a Campinarana, e suas variações, e foi esta a classificação adotada.
Para a ornitofauna, dentre as 412 espécies conhecidas, cerca de 40 são endêmicas da Amazônia Meridional, e pelo menos 26 delas têm sua distribuição restrita ao interflúvio Madeira; Tapajós (STOTZ et al, 1996). Várias espécies endêmicas da Amazônia Meridional, e que ocorrem predominantemente em sua porção sudoeste, foram registradas no Parque Nacional do Juruena, dentre elas o papagaio-de-cabeça-laranja Gypopsitta aurantiocephala, a mãe-de-taoca-de-cara-branca Rhegmatorhina gymnops, a cambaxirra-cinzenta Odontorchilus cinereus, o uirapurú-de-chapéu-branco Lepidothrix nattereri, o saripoca-de-gould Selenidera gouldi, o jacamin-de-costa-verde Psophia viridis e a tiriba-pérola Pyrrhura perlata. Mastofauna: Zogue-zogue Callicebus cinerascens.
A área do Parque apresenta cinco tipos de forma de relevo, os quais variam desde o relevo Plano, representando 49% do total da área, seguido de relevos ondulados, que somam cerca de 21% da área, relevos de forma suavemente ondulada, em 18% da área, e relevos fortemente ondulados, representando 10% da área. Ocorre ainda uma pequena área (1%) representada por relevos montanhosos.
Solo: No PNJu ocorrem 6 diferentes tipos de solos:. Argissolos, Latossolos, Gleissolos, Neossolos: Quartzênicos, Neossolos Flúvicos e Neossolos Litólicos. Apenas 3 tipos de solos perfazem 93% da área total do Parque: Latossolos (50%), Argissolos (23%) e Neossolos Litólicos (20%).
Geologia: Ocorrem apenas quatro tipos de rochas no interior do Parque Nacional do Juruena, com predominância de 90% das rochas sedimentares clásticas. Os representantes mais comuns das rochas sedimentares clásticas são os conglomerados, os arenitos, os siltes e as argilas.
Hidrologia: O Parque Nacional do Juruena é formado por 39 sub-bacias hidrográficas. A maior sub-bacia é a do rio São Tomé, que ocupa 23% da área, sendo que todas as suas nascentes estão localizadas dentro do PNJu, A segunda maior sub-bacia é a do rio Sucunduri, ao norte da unidade, representando 10% da área do PNJu. Os rios do Parque Nacional do Juruena e entorno são classificados como rios de águas claras: apresentam as águas de cor verde a verde-oliva, no período de estiagem, e barrento na época das chuvas, transparência entre 1,10 e 4,50 m. O pH pode variar entre 4,5 e 7,0. Apesar das características do Igarapé Água Preta, suas características são típica dos rios de águas claras. A presença de afloramentos rochosos torna a navegabilidade muito restrita para embarcações de médio e grande porte. Também são comuns cachoeiras e pequenas a grandes corredeiras.
(Fonte: Cadastro Nacional de Unidades de Conservação. www.mma.gov.br. Última atualização: 29/11/2007. Acesso em: 14/04/2010).

Contato

Coordenadoria Regional (ICMBio): Carolina Carneiro da Fonseca
Endereço CR: Av. Lauro Sodré 6500 - Bairro Aeroporto
CEP: 76803-260 - Porto Velho - RO

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