Reserva Biológica do Tapirapé

Área 103.000,00ha.
Document area Decreto - 97.719 - 05/05/1989
Jurisdição Legal Amazônia Legal
Ano de criação 1989
Grupo Proteção Integral
Instância responsável Federal

Mapa

Municípios

Município(s) no(s) qual(is) incide a Unidade de Conservação e algumas de suas características

Municípios - REBIO do Tapirapé

# UF Município População (IBGE 2018) População não urbana (IBGE 2010) População urbana (IBGE 2010) Área do Município (ha) (IBGE 2017) Área da UC no município (ha) Área da UC no município (%)
1 PA Marabá 275.086 47.388 186.281 1.512.805,80 96.670,53
97,00 %
2 PA São Félix do Xingu 124.763 46.227 45.113 8.421.284,70 2.994,34
3,00 %

Ambiente

Fitofisionomia

Fitofisionomia (cursos d'água excluídos) % na UC
Floresta Ombrófila Aberta 52,86
Floresta Ombrófila Densa 47,14

Bacias Hidrográficas

Bacia Hidrográfica % na UC
Tocantins 96,82
Xingu 3,18

Biomas

Bioma % na UC
Amazônia 100,00

Gestão

  • Órgão Gestor: (ICMBIO) Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
  • Tipo de Conselho: Consultivo
  • Ano de criação : 2008

Documentos Jurídicos

Documentos Jurídicos - REBIO do Tapirapé

Tipo de documento Número Ação do documento Data do documento Data de Publicação Observação Download
Portaria 53 Conselho 30/07/2008 01/08/2008 Cria o Conselho Consultivo da Reserva Biológica do Tapirapé com a finalidade de contribuir com as ações voltadas ao planejamento e desenvolvimento desta Unidade de Conservação de Proteção Integral, principalmente no que concerne a implantação e implementação do seu Plano de Manejo e ao cumprimento dos seus objetivos de criação.  
Portaria 25 Instrumento de gestão - plano de manejo 10/03/2010 11/03/2010 Aprova o Plano de Manejo da Reserva Biológica do Tapirapé.  
Portaria 1 Conselho 30/10/2015 10/11/2015 Renova a portaria e modifica a composição do Conselho Consultivo da Reserva Biológica do Tapirapé, no estado do Pará (Processo no 02659.000003/2014-48)  
Decreto 97.719 Criação 05/05/1989 08/05/1989 Cria a Reserva Biológica do Tapirapé, no Estado do Pará, com área total estimada em 103.000 hectares, com objetivo de proteger amostras de ecossistemas amazônicos, especialmente as regiões de castanhais.  

Documentos de gestão - REBIO do Tapirapé

Tipo de plano Ano de aprovação Fase Observação
Ação emergencial 1995
Plano de manejo 1991
Plano de manejo 2010 Aprovado PORTARIA No- 25, DE 10 DE MARÇO DE 2010 (DOU 11/03/2010)

Principais Ameaças

Desmatamento na Amazônia Legal

Este tema apresenta a análise dos dados de desmatamento produzidos pelo Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes), que mapeia somente áreas florestadas da Amazônia Legal. Os dados do Prodes não incluem as áreas de cerrado que ocorrem em muitas Unidades de Conservação no bioma Amazônia.

Focos de calor

Área de abrangência do ponto: um foco indica a possibilidade de fogo em um elemento de resolução da imagem (pixel), que varia de 1 km x 1 km até 5 km x 4 km. Neste pixel pode haver uma ou várias queimadas distintas, mas a indicação será de um único foco. Se uma queimada for muito extensa, será detectada em alguns pixeis vizinhos, ou seja, vários focos estarão associados a uma única grande queimada.

Total identificado de desmatamento acumulado até 2000: 633 hectares
Total identificado de desmatamento acumulado até 2013: 678 hectares

Características

Histórico

A Reserva Biológica do Tapirapé foi criada pelo Decreto no 97.719 de 05 de maio de 1989. O rio Tapirapé, um importante afluente da margem esquerda do rio Itacaiunas, deu origem ao nome da Reserva. O Rio tem sua nascente no extremo oeste da UC e percorre todo seu limite norte até desaguar no Itacaiunas (Ambiental Consulting; ICMBio, 2009).


No momento de sua criação a Companhia Vale do Rio Doce, empresa estatal, encontrava-se instalada na região onde hoje se encontra a Floresta Nacional de Carajás, vizinha da Rebio Tapirapé, explorando principalmente o ferro. A ocupação das terras do entorno por garimpeiros e posseiros exerciam uma pressão nos projetos de mineração da empresa, isto despertou o interesse da Vale na criação da UC (Ambiental Consulting; ICMBio, 2009).


Após realizar uma analise da região, o IBAMA avaliou a área como de importância para a conservação. A Reserva foi criada simultaneamente à Flona do Tapirapé-Aquiri e à Área de Proteção Ambiental do Igarapé Gelado(Ambiental Consulting; ICMBio, 2009).


O SNUC, em seu parágrafo primeiro do Art. 10, estabelece que toda Reserva Biológica é de domínio público, sendo que as áreas particulares incluídas em seus limites serão desapropriadas. Antes da criação da unidade, a área onde hoje é a Rebio, era principalmente ocupada por fazendeiros e posseiros cujas atividades consistiam no extrativismo mineral e da castanha do Pará e na agricultura de subsistência. Com a criação da UC, a área foi toda desapropriada em nome da União mediante a indenização dos moradores locais (Ambiental Consulting; ICMBio, 2009).



Objetivos específicos:

Proteger amostras de ecossistemas amazônicos, em especial a região dos castanhais. Resguardar os atributos excepcionais da natureza, conciliando a proteção integral da flora, da fauna e das belezas naturais, com a utilização para objetivos educacionais e científicos. Formar com as Flonas (Tapirapé-Aquiri, Itacaiúnas e Carajás) e com a APA do Igarapé Gelado, um complexo de conservação ambiental. (Ibama, 2007)



Localização

A Reserva Biológica do Tapirapé possui uma área de 103.000 hectares e está localizada no sudeste do estado do Pará, no município de Marabá. A Flona do Tapirapé-Aquiriri faz limite com a Reserva ao sul, ao leste o limite é estabelecido pelo rio Itacaiúnas e ao norte pelo rio Tapirapé. O acesso à UC pode ser rodoviário, aéreo ou fluvial (Ambiental Consulting; ICMBio, 2009).


As porções norte, leste e oeste do entorno imediato da Rebio são compostas por projetos de assentamento discriminados e demarcados pelo INCRA, além de propriedades rurais, em grande parte ocupadas por posseiros sem título definitivo da terra (Ambiental Consulting; ICMBio, 2009).



Caracterização ambiental

A vegetação da Rebio apresenta elevado grau de homogeneidade. De uma forma geral a vegetação da região da UC é formada por um mosaico onde predomina a Floresta Ombrófila Aberta, com manchas dispersas de Floresta Ombrófila Densa e trechos de Floresta Ombrófila Densa Aluvial. A região abrange também áreas de açaizais (Ambiental Consulting; ICMBio, 2009).



Biodiversidade

No levantamento da fauna realizado pelo Ambiental Consulting (2009) para o plano de manejo da UC, é indicado que a diversidade local é alta. Foram registradas oito espécies da Ictiofauna endêmicas a região. Foram 54 espécies de anfíbios e 108 espécies de répteis, o que representa 16 e 32% da diversidade conhecida para a Amazônia, respectivamente. 334 espécies de aves cujas quais sete são endêmicas do Brasil e uma espécie de ave ameaçada de extinção (Anodorhynchus hyacinthinus). Entre a lista de espécies da mastofauna terrestre registradas na região, as seguintes espécies estão ameaçadas segundo o MMA (2003): tamanduá-mirim (Myrmecophaga tridactyla), tatu-canastra (Priodontes maximus), cuxiú (Chiropotes utahicki), cachorro-do-mato-vinagre (Speothos venaticus), ariranha (Pteronura brasiliensis), gato-do-mato (Leopardus wiedii), onça-pintada (Panthera onca) e onça-parda (Puma concolor) (Ambiental Consulting; ICMBio, 2009).



Ameaças

A Rebio Tapirapé está localizada em uma região com forte pressão antrópica em seu entorno e que ainda tende a aumentar. A chegada da frente madeireira, na década de 70, causou um grande desmatamento com cortes indiscriminados de madeiras nobres como mogno (Swietenia macrophylla) e cedro (Cedrela odorata), isto propiciou a entrada de pecuaristas e garimpeiros (Ambiental Consulting; ICMBio, 2009).


Alguns locais dentro da Rebio foram alterados durante esta ocupação e encontram-se em processo de recuperação. Há um garimpo de ametista dentro da reserva que foi desativado com sua implantação, porém, ainda recebe ocasionalmente algum grupo clandestino de garimpeiros querendo reativá-lo. Além da mineração, a caça ilegal também é uma atividade que ameaça a UC, vestígios da atividade ainda são encontrados pela reserva (Ambiental Consulting; ICMBio, 2009).



Referências
Unidades de Conservação da Região de Carajás/PA - IBAMA/Web - Setembro 2007.
AMBIENTAL CONSULTING; ICMBio. Reserva Biológica do Tapirapé: Plano de manejo. Brasília, 2009.
http://www.amazonia.org.br/. Acesso em: 06/04/2010.

Contato

Chefe da UC: Raimundo Façanha Guedes

Endereços para Correspondência:
Rua "J", n°202 - Bairro União
CEP: 68515-000 - Parauapebas - Pará
Tel: (94) 346-3522

Rua Guamá, n° 23 - Núcleo Urbano de Carajás
CEP: 68516-000 - Parauapebas - Pará
Tel. (94) 328-1906
Fax: (94) 328-1901

Coordenadoria Regional (ICMBio): Fernando Barbosa Peçanha Junior.
Endereço CR: Av. Julio Cesar, 7060 - Valdecans
CEP: 66617-420 - Belém/PA

Notícias

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