Torres de observação serão construídas para que visitantes possam contemplar a fauna e flora do local
O Parque Estadual Corumbiara, localizado na fronteira de Rondônia com a Bolívia, terá torres de observação. Segundo a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), a Câmara Técnica do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aprovou a iniciativa que tem como meta adequar a estrutura da Unidade de Conservação (UC) para permitir o turismo no local.
A próxima etapa é a liberação de recursos para ter início as obras. O projeto receberá R$ 500 mil em repasses de compensação ambiental pelo Consórcio Santo Antônio Energia, responsável pela usina de Santo Antônio, construída no rio Madeira, para obras complementares de infraestrutura.
O Parque Estadual Corumbiara faz parte do corredor ecológico binacional Iteñez/Guaporé/Mamoré e é o único de Rondônia com três biomas diferentes. Com o projeto de construção de torres, a flora e fauna do local poderão ser vistas e fotografadas por turistas e visitantes de pontos seguros. De lá de cima, poderão ser contemplados em um só lugar o Cerrado, o Pantanal e floresta amazônica.
Biodiversidade
A área que o parque ocupa tem mais 424 mil hectares. Um refúgio para uma variedade de espécies florestais e animais como o cervo e o morcego pantaneiro ameaçados de extinção. No período de agosto a novembro, o parque recebe aves migratórias que escolhem o local para fazer ninhos. A chegada delas é um espetáculo para a contemplação de visitantes.
Outro atrativo é soltura que quelônios da Amazônia. No final de 2014, foram soltos nos rios da região 100 mil filhotes. Para o gerente do Parque Corumbiara, Raimundo Dimas Lima, a unidade de conservação é considerada atualmente uma das mais protegidas do Estado. Não registrar crimes ambientais desde 2011.O que ele atribui ao monitoramento feito pelos servidores da Sedam, equipes do Batalhão de Polícia Ambiental e, principalmente, pela colaboração das comunidades ribeirinhas.
O Parque Estadual Corumbiara passou a fazer parte do Programa de Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa) e está credenciado a receber recursos do Ministério do Meio Ambiente (MMA) para desenvolvimento de ações de proteção e fiscalização dos ecossistemas; no incentivo à pesquisa e monitoramento de plano de manejo, e atuação do Conselho Comunitário. O parque abrange os municípios de Cerejeiras, Pimenteiras e Alto Alegre dos Parecis, mais o entorno de microrregiões como Corumbiara e Alta Floresta.
Números
Criado pelo Decreto no4.576, de 23 de março de 1990, o Parque Estadual Corumbiara está classificado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) como uma Unidade de Conservação de proteção integral. De acordo com o Plano de Manejo, no parque há 57 espécies de mamíferos, 173 de aves e 20 de répteis, incluindo 26 espécies consideradas raras, vulneráveis ou ameaçadas de extinção, como o macaco barrigudo, o cuxiú-de-nariz-branco e o quatá.
O conselho gestor do parque foi criado pelo Decreto no 14926, de 25 de fevereiro de 2010 e é composto por integrantes de entidades governamentais, não governamentais e representantes dos municípios da região, que se reúnem a cada quatro meses em uma das localidades próximas à unidade de conservação, em sistema de rodízio. Dias 21 e 22 de maio de 2015, a reunião será realizada no município de Alto Alegre dos Parecis.
http://portalamazonia.com/noticias-detalhe/meio-ambiente/rondonia-parque-estadual-corumbiara-recebera-projeto-de-turismo/?cHash=1f6690c92a97b47f3c8acec5168fd0d6
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