Operação foi organizada pelo Mosaico Mico-Leão-Dourado, que integra 21 UCs
Uma operação integrada reuniu no último mês de abril diversos órgãos de fiscalização ambiental para o combate aos crimes contra o meio ambiente nos municípios fluminenses de Casimiro de Abreu, Rio das Ostras, Silva Jardim, Rio Bonito e adjacências. Batizada de Operação Mosaico, já em sua terceira edição, esta ação de fiscalização autuou diversos responsáveis por fornos de carvão clandestino e caçadores, todos em flagrante, além de vários outros ilícitos ambientais.
A operação foi coordenada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), sendo fortalecida por agentes do Instituto Estadual do Ambiente (INEA), tanto da sede da capital do estado do Rio de Janeiro quanto da Superintendência Regional de Araruama (SUPLAJ), pela Companhia de Policiamento Ambiental (CPAM), Guardas Parques do Parque Estadual dos Três Picos e pelas Secretarias de Meio Ambiente de Casimiro de Abreu e de Silva Jardim.
Durante a operação, foram realizadas autuações por conta de desmatamento, produção de carvão sem licenciamento ambiental e com madeira nativa, extração de água sem licenciamento, caça, madeira de árvores nativas em depósito, barreiros e empresas de captação e envase de água mineral com irregularidade em algumas captações. Os responsáveis pelos crimes foram autuados e responderão pelos atos ilícitos. As penas vão desde multas administrativas até prisões.
Na semana anterior à ação, agentes dos órgãos fiscalizadores realizaram um sobrevoo de helicóptero na região. Os pontos de interesse foram fotografados e suas coordenadas geográficas foram coletadas com aparelho de GPS (Global Position System), usado para marcar locais específicos. Com isso, os agentes puderam mapear os locais de maior atenção para a fiscalização e as principais formas de acesso aos mesmos.
A Operação Mosaico foi organizada pelo Mosaico Mico-Leão-Dourado (MMLD), que integra 21 Unidades de Conservação (UCs) que protegem o mico-leão-dourado e todas as demais espécies que com ele convivem, bem como seu habitat que é a Mata Atlântica. Este mosaico de Unidades de Conservação é uma estratégia regional para promover a integração de suas áreas protegidas, a fim de fortalecer cada uma destas UCs.
Para isso, o Mosaico Mico-Leão-Dourado conta com a participação de diversas instituições governamentais, da sociedade civil (ONGs), consórcios intermunicipais, proprietários de Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs), associações de produtores rurais e instituições de pesquisa como Jardim Botânico do Rio de Janeiro e universidades.
Segundo o coordenador da Operação Mosaico e chefe da Área de Proteção Ambiental da Bacia do Rio São João/Mico-Leão-Dourado (RJ) e presidente do Mosaico, Rodrigo Mayerhofer, a ação obteve grande êxito tanto pela participação dos diversos órgãos de fiscalização que atuam na região, quanto pelos resultados de autuações, apreensões e combate aos crimes ambientais. "Fica o alerta para cidadãos que ainda não entenderam que a qualidade do meio ambiente depende dos pequenos atos de cada um, que, somados, geram o bem-estar de toda a sociedade", ressaltou Mayerhofer.
http://www.icmbio.gov.br/portal/comunicacao/noticias/4-destaques/6804-operacao-mosaico-fiscaliza-area-de-ocorrencia-do-mico-leao-dourado.html
Mata Atlântica:Geral
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