O combate aos incêndios é feito com o próprio fogo. Os brigadistas lançam chamas numa faixa de 50 metros e apagam logo em seguida.
Na maior reserva do cerrado brasileiro, o fogo virou a principal arma de combate às queimadas.
Na sequidão do cerrado tem sempre alguém em alerta, de olho no principal inimigo do parque. É de cima da caixa d'água que Welington observa os focos de incêndio.
"Todo dia de manhã, a equipe sobe para verificar se tem alguma fumaça, algum vestígio de fogo," diz Welington Fernando Silva, analista ambiental - ICMBio.
O combate aos incêndios é feito com o próprio fogo. Os brigadistas lançam as chamas.
Para que nada fuja do controle uma equipe vai na frente espalhando o fogo, acompanhada de perto por homens com abafadores e caminhões-pipa. A área queimada forma um cinturão de proteção para a natureza.
Os aceiros são sempre feitos nesta época do ano porque é justamente a partir de agora que o tempo vai ficando mais seco, a umidade relativa do ar mais baixa e os ventos mais fortes. E isso tudo é muito ruim pro parque.
A ideia então com os aceiros é que, com esse fogo controlado, toda esta vegetação seja queimada, e com isso, se houver um incêndio aqui nos próximos meses, já não vai ter mais o que queimar.
A unidade de conservação foi dividida em 14 partes. Três por cento da área de 132 mil hectares acabam queimados com os aceiros. Bem menos que os 90% destruídos em 2010 depois de um grande incêndio.
"Você tem que fazer essa área realmente queimar pra você dar essa segurança. somente com o fogo nessa área é que você protege todo o restante!", afirma Marcos da Silva Cunha, diretor do Parque das Emas.
O trabalho dura dois meses e não protege apenas a vegetação: ajuda também a manter mais de 300 espécies de aves e mamíferos que vivem aqui.
http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2016/09/fogo-vira-principal-arma-de-combate-queimadas-em-reserva-no-cerrado.html
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