Ibama realiza consulta pública para criação da Floresta do Pirandirá

http://www.ibama.gov.br/ - 08/10/2007
Roraima (02/10/07) - A Superintendência do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais) em Roraima realiza, no dia 6 de outubro, a primeira consulta pública de criação da Floresta Nacional do Pirandirá, estimada em pouco mais de 100 mil hectares. O encontro acontece na escola da Vila Nova Esperança, Município de Mucajaí.
A floresta está sendo criada em função da sobreposição dos projetos de assentamento Samaúma e Vila Nova, do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), nos 5% que restaram da Floresta Roraima, que primeiramente foi sobreposta pela terra indígena yanomami, em 95% dos 2,264 milhões de hectares.

Devem participar da consulta pública, que é um dos passos para criação de uma floresta nacional, as associações de moradores dos municípios de Alto Alegre, Mucajaí e Iracema, sociedade civil organizada e o poder público. O encontro será o espaço para a sociedade tirar dúvidas, sugerir e questionar.

A superintendente do Ibama, Nilva Baraúna, explicou que o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) preconiza uma audiência, mas dependendo do resultado da consulta, pode ser organizado um segundo encontro. Se houver algum impasse, podemos retornar, mas acreditamos que não será preciso, afirma.

O Ibama vai esclarecer sobre a área, questão fitológica, abrangência, utilização, quem pode utilizar, entre outros pontos. Todos os recursos naturais serão explicados e os participantes terão oportunidade de perguntar, tirar dúvidas e sugerir. Tudo ficará registrado em ata, a ser encaminhada a Brasília" garante a superintendente.

Conforme ela, o Incra disponibilizou uma área para que fosse criada a Floresta do Pirandirá, em compensação dos projetos de assentamentos. O Ibama está articulando junto às autoridades competentes para que a Floresta Roraima seja revogada e simultaneamente seja criada a do Pirandirá.

O Ibama também está trabalhando com a possibilidade de quando for revogado o decreto de criação da Flona Roraima, possa ser anexado um pedaço do que vai restar, correspondente a 50% da área remanescente, para dar apoio a TI yanomami. Para que seja um anteparo contra as invasões conta Nilva Baraúna.
UC:Floresta

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