"Mais que uma esperança, este ato marca a nossa intenção de fortalecer a conservação da biodiversidade", afirmou nesta quinta-feira (28) o presidente do Instituto Chico Mendes (ICMBio), Rômulo Mello, ao discursar na solenidade de comemoração do primeiro aniversário do Instituto. O ICMBio foi criado oficialmente em 28 de agosto de 2007, a partir da reestruturação da área ambiental do governo.
A solenidade ocorreu por volta do meio-dia sob uma tenda montada no Parque Nacional de Brasília e contou com a presença do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, de vários convidados, além de servidores do órgão. 'Este é o segundo evento que fazemos aqui, é uma mostra de que vamos prestigiar as unidades de conservação', enfatizou Rômulo, que fez um rápido balanço de seus 29 dias à frente do órgão. Ele tomou posse no dia 31 de julho, após ser selecionado, junto com mais quatro outros nomes, por um comitê instituído pelo Ministério do Meio Ambiente.
Na sua intervenção, o ministro Carlos Minc reafirmou a disposição de investir forte na estruturação das unidades de conservação (UCs). Depois de lembrar que, logo nos primeiros dias de sua gestão, o presidente Lula assinou decretos importantes, como o que criou três UCs na Amazônia e o que regulamentou a Lei de Crimes Ambientais, o ministro anunciou para o dia 19 o lançamento, em Teresópolis (RJ) de um pacote de medidas para estimular o ecoturismo nos parques nacionais. Antes, ele deve apresentar no Acre a agenda social do governo para as populações tradicionais que vivem nas reservas extrativistas.
Durante a solenidade, foram formalizados a criação do Conselho Consultivo do ICMBio; a autorização da abertura do processo licitatório de atividades turísticas no Parque Nacional Marinho de Abrolhos; a aprovação de quatro planos de manejo de unidades de conservação e a criação do Conselho Consultivo da Floresta Nacional de Açu, no Rio Grande do Norte, além da instituição de comenda de grau de reconhecimento do Instituto a instituições parceiras.
Houve ainda a assinatura entre ICMBio e a Fundação Jardim Zoológico da Cidade do Rio de Janeiro (RioZôo) de acordo de plano de manejo para sete espécies ameaçadas: cachorro-do-mato-vinagre (Speothos venaticus); anta (Tapirus terrestris); ararajuba (Guarouba guarouba); lobo-guará (Chrysocyon brachyurus); arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari); arara-azul-grande (Anodorhychus hyacinthinus); jacutinga (Pipile jacutinga); macacos-aranhas de cara preta, cara vermelha e testa branca (Ateles chameck, Ateles paniscus e Ateles marginatus) e macaco-prego-de-peito-amarelo (Cebus xanthosternos).
Por fim, foi assinada portaria que regulamenta os critérios de seleção para a escolha de chefes de unidades de conservação e de centros especializados e feito o anúncio do acordo de cooperação técnica, celebrado entre o ICMBio e o Departamento da Polícia Rodoviária Federal, para treinar os fiscais do Instituto. Antes da solenidade, foi servido um café da manhã no Centro de Visitantes do parque e aberta exposição de fotografias, que têm a participação de servidores do Instituto.
Antes do encerramento da solenidade, o presidente do ICMBio, Rômulo Mello, pediu licença aos presentes para quebrar o protocolo e apresentar ao ministro Minc a placa que vai marcar o local onde será construída a sede definitiva do Instituto Chico Mendes. A placa será afixada numa área onde hoje funciona a sede nacional do Ibama, no Setor de Clubes Esportivos Norte, em Brasília. A idéia é construir o processo de definição do local com o Ibama, seguindo a proposta de transformar a área atual do Ibama numa espécie de Complexo Ambiental, abrigando, além do Ibama, o ICMBio e o Serviço Florestal Brasileiro (SFB).
"Queremos concluir a sede ainda na sua gestão, ministro", afirmou Rômulo, ao que Minc respondeu de bate-pronto e bem-humorado: "Na nossa gestão".
Política Socioambiental
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