ICMBio - www.icmbio.gov.br - 11/09/2009
A estudante Midiã Gualberto, que participa do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic), do ICMBio, realizou um estudo do uso da casca da sacaca na Flona (Floresta Nacional) de Tapajós. A pesquisa, coordenada por Silvia Galuppo, analista da Reserva Extrativista (Resex) do Chocoaré, no Pará, teve como objetivo avaliar o impacto causado pela exploração da sacaca no ano de 2007.
A casca da sacaca é utilizada como remédio medicinal contra males hepáticos, ajuda no emagrecimento e alivia a diarréia, entre outros benefícios. Estudos recentes mostram que sua folha tem um óleo muito utilizado e procurado, chamado óleo de linalol, muito utilizado nos perfumes franceses como o Channel, por exemplo.
Foram analisadas mudas, varas, varetas e árvores de grande porte para se ter uma ideia de quantas unidades existiam na área. "Chegamos ao final em 116 espécies, 73 gêneros e 43 famílias botânicas dentro dessas espécies. A sacaca se destacou apresentando apenas dois indivíduos por hectare, o que é bem pouco se comparado com estudos anteriores que tinham 56 árvores por hectare", afirma Midiã.
Agora o estudo vai mudar de foco. A estudante do Pibic quer saber o que pode ser feito daqui pra frente, quanto os moradores ainda podem retirar da sacaca e como pode ser feito o manejo dela. "A falta de conhecimento dos moradores é prejudicial e é o que causa a exploração. Eles não sabem quanto podem utilizar e atendem a pedidos grandes do exterior sem saber que a espécie pode entrar em extinção com essa demanda retirada. Por isso esse estudo se torna muito importante", afirma Midiã.
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