Amazonia.org.br - www.amazonia.org.br - 28/10/2009
O Instituto Butantan pretende abrir um posto avançado de pesquisas com animais peçonhentos na Amazônia.A filial será em Belterra, a cerca de 40 quilômetros de Santarém (PA), já que o local apresenta um número grande de acidentes com animais dessas espécies. O projeto está na fase de captação de recursos e já possui terreno doado pela União, a um custo em torno de R$ 10 milhões. As informações são do Globo.
A região é a que registra maior incidência de pessoas picadas por cobras, escorpiões e arraias. O principal hospital da cidade atende cerca de 250 casos por ano. No local existem os principais tipos de cobras venenosas brasileiras como jararaca, cascavel, coral-verdadeira e surucucu, além de serem comuns acidentes envolvendo arraia-de-fogo, animal que descansa no lodo de águas rasa e que muitas vezes acaba sendo pisado por banhistas.
No local haverá um criadouro de animais como serpentes e escorpiões, que funcionará também como museu, contribuindo para o turismo na região. Além da produção de antídotos para venenos, serão pesquisados outros fármacos derivados das espécies peçonhentas. O projeto também pretende fazer com o país faça frente à biopirataria, que encontra espaços porque a estrutura de pesquisa nacional não explora suficientemente os recursos da floresta.
A propriedade tem 64 hectares, aproximadamente a mesma área de que dispõe o instituto em São Paulo, e fica próxima à Floresta Nacional de Tapajós. E o dinheiro possivelmente virá do BNDES ou de fundos internacionais de meio ambiente. Ainda não existe uma previsão para a abertura do museu. Por ser ligada ao governo estadual paulista foi preciso recorrer à Ama Brasil, uma Ong certificada pelo governo para fazer parcerias com o poder público e que cuidará da obtenção da verba.
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