Monitoramento aéreo avaliará real situação de incêndios florestais no Estado

O Documento - www.odocumento.com.br - 24/08/2010
Com objetivo de obter informações atualizadas da situação de focos de incêndios em algumas regiões do Estado, uma equipe do Centro Integrado Multiagência de Coordenação Operacional (CIMAN/MT) está realizando um sobrevoo de monitoramento, que partiu nesta terça-feira (24.08) de Cuiabá priorizando as Unidades de Conservação e áreas de relevantes interesses ecológicos e percorrerá o Parque Nacional de Chapada dos Guimarães e entorno, Serra de São Vicente, Serra de Ricardo Franco em Pontes e Lacerda, Serra de Santa Bárbara, Serra das Araras, Parque Encontro das Águas em Poconé. As informações levantadas pela equipe do CIMAN auxiliarão nas estratégias de combate, conforme prioridades e necessidades de intervenções observadas.

As condições climáticas têm contribuído para o aumento dos focos de calor em quase todo o país, tanto que, cidades que não tinham histórico de baixa umidade relativa do ar estão sofrendo com o ar seco e temperaturas elevadas, fatores que potencializam a ocorrência de incêndios em vegetação, cuja ocorrência, além de deteriorar a qualidade do ar, causam outros danos ambientais, econômicos e sociais que alteram a normalidade de diversas comunidades pelo país a fora.

Em Mato Grosso onde a estiagem - um fenômeno natural - tem colaborado fortemente para que frentes de fogo aconteçam em todos os quadrantes do nosso território, na grande maioria das vezes, iniciados de forma negligente pela ação humana.

"Estamos no 3 maior Estado do país, com uma área de mais de 900 mil Km², e três biomas, Pantanal, Cerrado e Floresta Amazônica. Isso por si só exige dos Governos e da sociedade em geral uma agenda de ações que os protejam da destruição de qualquer ordem, fator de difícil execução quando consideramos a infinidade de áreas remotas, distantes das áreas urbanas e com difícil acesso e com terrenos de topografia acidentada, que torna quase impossível a realização de combates diretos com eficiência e sem comprometer a segurança das equipes de intervenção", disse o superintendente de Defesa Civil do Estado de Mato Grosso, Maj BM Agnaldo Pereira de Souza.

Segundo ele, cabe aos Governos a prevenção e a resposta aos incêndios nas Unidades de Conservação de sua jurisdição e, aos proprietários, tomar as medidas para que o incêndio não inicie na sua propriedade ou entre nela.

A operação de sobrevoo conta com apoio de um avião do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), tendo como observadores técnicos do PREVFOGO, Corpo de Bombeiros Militar, Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Defesa Civil e Instituto Chico Mendes de Biodiversidades - ICMBio.

O superintendente destaca ainda, que as operações de fiscalização e de combate aos incêndios foram intensificadas, "sendo oportuno enfatizar que estamos no período proibitivo do uso do fogo desde o dia 08 de julho, e qualquer queimada não autorizada, pode configurar como crime ambiental", frisou o major.

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