Especialistas discutem meios de conservar biodiversidade da Amazônia

Portal Amazônia - http://portalamazonia.com - 11/10/2014
A unidade de conservação (UC) completa 30 anos e próximo ao Centro de Estudos Rioterra um dos projetos mais importantes é desenvolvido pela instituição o 'Semeando a Sustentabilidade'. O coordenador de projetos da instituição, Alexis Bastos, explica a importância da Flona. ''A Floresta Nacional do Jamari é uma unidade de conservação extremamente importante não só para Rondônia, mas para o Brasil. Foi uma das primeiras unidades de conservação a ser criada no País. E também a primeira unidade do Brasil a fazer concessão florestal, é uma das áreas mais pesquisados do país'', apontou.

Rioterra

O seminário também é uma homenagem aos 15 anos do Rioterra que trabalha com projetos e ações em prol da defesa da biodiversidade. ''É um Centro de Rondônia o que nos orgulha muito. É uma instituição que conseguiu parcerias sólidas como, por exemplo, com ICMBio e Unir. É uma instituição que conseguiu ampliar o seu leque de atuação'', explicou.

E acrescenta. ''O Centro de Estudos Rioterra também tem conseguido contribuir com o Estado com a formação de muitos jovens através de um programa de estágio. Temos apoiando a formação de mais de duas mil pessoas através de cursos e capacitações. Hoje nós atendemos muitos agricultores familiares. O que nos honra muito porque é um público muito importante de ser trabalhado e que geralmente está à margem políticas'', avalia.

Semeando a Sustentabilidade

O seminário traz uma série de palestras que mostram projetos de sucesso na recuperação de área degradadas em Rondônia. Um deles é o Semeando a Sustentabilidade. Segundo coordenador de projetos do Centro de Estudos Rioterra, o projeto trabalha com práticas e tecnologias voltadas para recuperação de áreas degradadas no entorno da Flona do Jamari, em Itapuã do Oeste. '' Isso faz com que os agricultores trabalhem nas áreas que eles já desmataram o que faz com que eles tenham uma melhor renda e ainda evitem o desmatamento''. Sem essas orientações, os agricultores tendem a pressionar as unidades de conservação. ''Hoje nós atendemos mais mil agricultores com assistência técnica'', afirmou Alexis.

O projeto inspirou outras iniciativas no Estado como o Viveiro Cidadão da Organização Não Governamental (ONG) Ação Ecológica Guaporé - Ecoporé. O coordenador de Educação Ambiental, biólogo Paulo Henrique Bonavigo explica que o projeto é realizado na região da Zona da Mata e abrange os municípios de Rolim de Moura, Novo Horizonte e Castanheiras. ''Desde 2008 já tínhamos um viveiro pequeno naquela região que promovia a recuperação de áreas degradadas, principalmente em matas ciliares. Vendo o sucesso do Semeando a Sustentabilidade nós pensamos em um projeto maior abrangendo toda a bacia do rio Palha. No ano passado nós produzimos 150 mil mudas, pensando também na geração de renda para os agricultores'', explicou.

Conservação da biodiversidade aquática

O coordenador disse que na área de atuação do Viveiro Cidadão há uma grande demanda de recuperação das áreas degradadas nas beiras de rios. ''Esse problema do abastecimento das cidades já existe desde 2008 na região''. A conservação dessas áreas pelos projetos reflete diretamente na conservação da biodiversidade aquática.

E esse é o tema da palestra realizada na sexta-feira (10), pelo professor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e coordenador do laboratório de ictiologia e ordenamento pesqueira do vale do rio Madeira Marcelo Rodrigues dos Anjos. ''Os projetos citados, o Semeando a sustentabilidade e o Viveiro Cidadão, elas abordam a conservação das florestas nativas e com essa conservação a gente consegue fomentar também a conservação dos ecossistemas aquáticos'', avaliou

O professor fala da importância da biodiversidade aquática. ''A gente tem uma série de grupos de vertebrados como os peixes e invertebrados que funcionam como bioindicadores onde eles dão respostas sobre inferências ligadas a qualidade ambiental desses ecossistemas''.

Para Marcelo Anjos, os projetos expostos no seminário têm ajudado na defesa dos mananciais, mas que é preciso um debate mais amplo sobre isso. '' A gente sabe que é um grande problema o desflorestamento na região amazônica, não particularmente só em Rondônia e isso tem trazido prejuízos à sociedade como o próprio abastecimento de água da população, mas principalmente quanto a qualidade da água'', disse.

O seminário pretende discutir juntos com especialistas, pesquisadores e a sociedade geral meios para fazer mais pela conservação da biodiversidade na Amazônia. Participam das palestras profissionais de instituições como a Secretaria de Estado Do Desenvolvimento Ambiental (Sedam) e do Serviço Florestal Brasileiro (SFB). Confira a programação do seminário no site do CES Rioterra.



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